quinta-feira, 30 de novembro de 2006

-Parabéns! A senhora foi contemplada com a possibilidade de ter o nosso título de capitalização e concorrer a prêmios de 1 milhão todos os meses.
-Obrigada, eu não estou interessada.
-Mas a senhora conhece o título xxx?
-Conheço.
-Então como ele é?

Argüição da Credicard. Eu mereço muito isso.

hahahaha. peguei mesmo seus filhotes de sniff-sniff. per-deu.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

E o menininho no prédio em frente. Por que não grita "EU QUERO A MINHA MÃE" dentro de casa? Por que fica na varanda gritando?

Daqui a pouco eu vou lá avisar que na minha casa é que a mãe dele não está.


minha mãe diz que eu era uma criança chorona assim. e que espera que eu tenha um filho assim, pra pagar minha língua. tudo o que eu preciso na minha vida é de praga de mãe, né?

Aí olha o que aconteceu.

Choveu de novo. Gente, chove todo dia. A rua do curso fica alagada, não dá pra sair. Daí esperei a água abaixar pra vir pra casa. E nem dava pra chegar até o ponto de ônibus. Aí eu fui procurar um táxi. E nenhum quis me trazer, porque tava tudo alagado e porque é uma viagem muito curta. Sério, não queira pegar táxi em Nova Iguaçu se for uma corrida de 5 reais, porque eles só vão querer te levar se você aceitar pagar 10, no mínimo. Era tanta água, que eu teria pago até 20. Mas nem essa opção me deram.

E água, água, água suja por todo lado. E eu muito agradecida à força maior que me fez ir trabalhar de All Star. Que era branco, ficou marrom, mas a gente enfia na máquina de lavar e torce pra ficar bege. Que sorte, que sorte não ter ido com um sapato lindo. E eu tentando desviar das piscinas de água suja. Porque eu é que não enfio meus pés super bem cuidados na água suja. Cara, meu pé que até massagem recebe na podóloga. Nun-ca. Morro ilhada, mas não piso na água.

Então vim andando. E a rua parada, os carros parados. E uma mulher resolveu buzinar. Não, ela resolveu buzinaaaaaaarrrrrrr. E eu olhando de cara feia. Porque eu já tinha ficado uma hora a mais no trabalho, tinha sido recusada pelos táxis e sujado meu tênis. Então eu tinha direito de olhar de cara feia. Porque a pessoa buzinaaaaaava. E a pessoa, gente, a pessoa começou a mostrar o dedo pra mim. Juro. E eu olhando de cara feia. Aí, a pessoa resolveu me xingar. Gente, olha só, de boba eu só tenho a cara. Eu conheço uns palavrões que nem te conto. Infelizmente, minha mãe me educou muito melhor do que devia, e só olhei de cara feia. Que era mais uma cara de "espero que você derrape, rodopie três vezes, caia num barranco e morra. lentamente."

Cara, achei que fosse apanhar dela, e foi a hora do dia em que eu fiquei mais feliz de meu quarto ter sido quebrado hoje e meu pai ter achado meu spray de pimenta. Porque eu nunca pensei em usar em alguém (mentira), mas nunca que eu ia aceitar apanhar de uma pessoa usando viscolycra. Spray sem dó.

Eu só não perdi o dia porque quando tava quase chegando em casa vi o carro dela parado na padaria. E, hahaha, o pão de lá tem cabelo.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Na novela

-Estou preocupada. Eu encontrei vários pratos com restos de comida pelo quarto dela, no banheiro. Ela tem um problema muito sério.

Claro que tem. E se chama imundície.
...
Gente, alguém avisa ao autor que é pra ser um drama, não uma comédia rasgada. Porque acho que ele não tá entendendo. O cara que ficou paraplégico tá na sala de casa rodando pra lá e pra cá com a cadeira de rodas reclamando, na frente da sogra e das empregadas, que não tem ereção. Tudo bem, ele não tem ereção, mas tem uma boca enorme e precisa contar isso pro mundo.

E ele pergunta:
-O que é que eu vou fazer da vida sem uma ereção?

Sabe que eu tô nessa de tomar pelo menos dois litros de água por dia, né? Então tenho que lembrar de nunca ver a novela quando estiver com um copão d'água aqui, porque é engasgar na certa. De tanto rir. Ainda bem que as personagens da cena notaram que era uma pergunta retórica e nem quiseram responder nem nada.

E eu reclamo de tudo e tanto e sempre, que quando, no meio de um chilique qualquer, eu percebo que tenho razão, não consigo parar de reclamar.

Eu tô lá reclamando, reclamando e reclamando e penso "cara, eu tenho razão nisso! meu pai não devia ter deixado o secador que eu emprestei aqui!" e aí não tem mais limites, eu não vejo fim pra reclamação!

Odeio parecer maluca.
Ontem choveu muito aqui em Nova Iguaçu. Eu tive que esperar a água da rua abaixar pra poder vir pra casa. E quando cheguei aqui a rua tava cheia de lama. No dia anterior já tinha chovido muito.

Eu tirei umas fotos e vim pro computador mandar aquele e-mail chato pra prefeitura e dizendo todas aquelas coisas e dizendo que, se for pra ter lama na porta da minha casa, eu quero abatimento no IPTU. E tipo fui lá procurar o comprovante de pagamento do IPTU só pra colocar o valor que meus pais pagam.

Todo ano, cara, todo ano vem alguém aqui querer medir a casa e perguntar se o terraço tá incluído na metragem, e se as garagens tão incluídas e é muito chato.

Hoje quando eu acordei já tinha umas dez pessoas limpando a rua. Não sei se foi por causa do e-mail, acho que não.

Daí vi no jornal que tem pessoas desabrigadas e tal. E super me arrependi de ter mandado o e-mail reclamando da lama. E agora até na prefeitura vão me achar chata e chiliquenta.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Outro dia, indo pro aeroporto, passando por todos aqueles viadutos e elevados e morrendo de medo de cair naquela água imunda, eu tava falando com o motorista do táxi daquele tempo em que dava pra comprar carteira de motorista, ninguém precisava fazer prova.

E ele me diz:
-Eu consegui a minha assim.

domingo, 26 de novembro de 2006

Minha mãe conta que há algumas décadas as mulheres usavam perucas. Assim, normalmente, sem serem carecas nem nada. E minha avó tinha várias. Uma pra cada ocasião, né? Afinal, quem é que quer perder tempo de vida no salão fazendo um coque banana pro casamento do sobrinho? Muito mais fácil tirar a peruca da cabeça de madeira que você deixa em cima da penteadeira, arrumar na sua cabeça e pronto.

Mas o que eu acho, assim, a explicação por que a gente tem filhos, é que minha avó fazia minha mãe e meus tios pentearem as perucas dela.

-Mãe, quero brincar.
-Só depois que pentear a ruivinha.

É a maternidade em sua melhor forma.

sábado, 25 de novembro de 2006

Hoje a minha mãe fez o almoço, depois a sobremesa. Depois fez bolo de amendoim e pão-de-queijo pro lanche.

E está muito surpresa que o gesso esteja quebrando.

É inaceitável mesmo que esses hospitais fiquem engessando pernas com gesso de má qualidade que nem agüentam algumas horas de pé.

Daí que eu não tava nem no meio do caminho pro trabalho quando senti uma dor, uma dor, uma dor. Primeiro achei que alguma criatura de esgoto tinha furado o asfalto e estivesse me devorando, começando pelo meu pé esquerdo.

Mas, não, era só o meu sapato. Não dava pra voltar pra casa, porque eu tava atrasada. Atrasada por quê? Porque levei tempo demais escolhendo o sapato. Pra depois de ter sido escolhido com tanto carinho ele tentar me matar.

Não dava pra voltar pra casa, então. E nem faz mal ir trabalhar com o calcanhar esfolado.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Torta de legumes

É muito simples, não gostei muito da massa, mas foi legal porque foi a primeira massa que eu abri com rolo e trabalhei e tal. Aqui em casa tem um balcão grande na cozinha, meu pai fez pensando em mexer com massa, eu sempre tive vontade de usar.
A receita da massa tá no post, mas pode substituir a massa por qualquer massa de torta salgada que você faça e fique boa.

Massa:
1 1/2 copo de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
4 a 5 colheres de manteiga
3 colheres de água gelada

Amassei, amassei, amassei, abri com um rolo e forrei um pirex de 22 cm untado com óleo.
Asse por uns 25-30 minutos, ou até ficar douradinha.

Recheio:
Não sei dizer a receita, eu fui fazendo tudo de cabeça, acabei fazendo recheio demais. Então vou dizer só o que levou o recheio:
brócolis (eu coloquei metade de um)
couve-flor (também coloquei metade de uma)
1 abobrinha pequena
1 cenoura grande
1 cebola pequena
1 copo de água ou leite ou leite de soja
1 colher de maizena
manteiga
alho
manjericão
pimenta do reino
sal

Cozinhei os legumes (a couve-flor e o brócolis eu cozinhei a vapor, pra não desmancharem) e reservei. Refoguei o alho amassado (eu não sei a quantidade, porque aqui em casa a gente processa quilos e quilos e deixa na geladeira, mas dá uma colher de sobremesa mal cheia) e a cebola cortada em rodelas na manteiga.
Depois que a cebola ficou douradinha, misturei os legumes e coloquei manteiga. Ficou cozinhando um tempo. Juntei a maizena dissolvida no copo de água ou leite ou leite de soja (não use o leite de soja pronto, tipo Purity, porque tem sabor de baunilha, não é bom para pratos salgados. faça o leite com extrato de soja e água ou faça você mesma espremendo a soja). Temperei com manjericão, sal e pimenta do reino.
Aí é só deixar cozinhar até ficar um recheio cremoso, mas não pode deixar o brócolis e a couve-flor desmancharem totalmente.

No final, eu joguei um punhado de queijo parmesão por cima e levei ao forno pra gratinar, mas isso é dispensável. Dá pra jogar farinha de pão torrado também, deve ficar legal.

Com certeza vai estar na minha ceia de natal. Pois é, já tô pensando nisso...

eu sei que tô devendo o bolo de banana de semanas atrás, não esqueci!

E aí tem essa cocker muito gostosa de apertar que mora aqui em casa.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Com essas mortes por anorexia, vou te dizer, minha vida ficou muito chata. Porque eu passo meus dias tendo que me defender e dizer que, sim, eu já almocei, sim, eu planejo jantar, e, sim, eu tenho um IMC acima de 18,5, olha aqui a calculadora, vou provar.

Acontece que eu tenho braços finos. Mesmo quando eu tinha mais 7 kg do que tenho agora meus braços eram finos. Os meus pulsos são muito finos. Se você ficar olhando muito tempo parece meio um pulso de pessoa desnutrida. Mas os meus braços sempre foram finos. Minhas mãos são magras. Eu nunca preciso abrir uma pulseira pra botar no pulso.

Só que eu não tenho muito como ser gorda. Porque eu não como açúcar refinado todo dia, e raramente como fritura e não como carne. É claro que eu não tenho como ser uma pessoa gorda, não adianta. Meus braços nunca vão ser gordinhos. Eu não preciso estar abaixo do peso pra ter braços finos. Eles são naturalmente assim.

Mas quase todo dia eu ouço "olha como ela tá magrinha, olha esses bracinhos."

Não olhem os bracinhos, olhem as minhas patinhas de elefante e vejam que eu não sou desnutrida!

gente, a cada matéria que ela lê sobre anorexia, a minha avó me liga e pergunta meu IMC. isso é quase todo dia, ela tá numa obsessão total.

Vi uma sandália tão linda hoje que meu coração até disparou. Bateu no ritmo precisoterprecisoterprecisoter.

Mas só vou comprar se conseguir perder o quilo que eu ganhei há quase um mês.

Eu não sei o que acontece, mas 1 kg representa uns 8 kg pra mim. As calças que caíam ficam apertadas.
E andar de calça apertada, ah, não dá. Não sei como algumas mulheres conseguem. Eu tenho sempre a sensação que vou cair assim de lado, feito um tronco de árvore, sem conseguir me mexer.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Fui a uma palestra sobre meditação hoje e teve relaxamento, claro.
O cara falou pra gente relaxar o couro cabeludo. E os órgãos internos.

Sério, sai dessa.

Quase deixei passar a minha senha na fila do banco porque tava tentando descobrir o que uma menina que tava um pouco à frente tinha tatuado no ombro.

Tenho quase certeza que era um bebedouro.

Cheguei em casa e tem um prato de bolinhos de chuva. Que a minha mãe fez. Com a perna engessada.

Eu entrei no quarto dela e tinha fitilho pela cama toda. Eu perguntei o que ela tava fazendo, porque me pareceu muito improvável que ela já estivesse embrulhando os presentes de natal. Ela disse que os rolinhos de fitilho estavam muito bagunçados. Então ela tava desfazendo um por um e enrolando de novo.

Cara, ela não consegue simplesmente deitar. E ficar deitada.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Faz só um dia que minha mãe está com a perna imobilizada, mas nós já notamos uma diferença.

Eu não me lembro de ela sentir tanta sede assim quando podia levantar e ir à cozinha pegar água.

Hum. ¬¬

Se você é vegetariano, já deve ter ouvido falar daquela história de jaca verde ser igual a frango. Se não ouviu, eu estou passando a história adiante, com uma ressalva: pode pa-re-cer frango, mas é só aparência, porque, como o frango, você pode desfiar. O sabor é outra coisa. Pelo que eu entendi, não tem sabor de frango.

O caso é que pra fazer coxinha, salpicão, sanduíche, sei lá, a jaca tem que estar verde (com um palmo de tamanho, mais ou menos) e ser cozida inteira numa panela de pressão.

Aí surge a dificuldade: se não é fácil achar jaca (e eu digo: ainda bem, porque não suporto jaca, nem o cheiro), imagina achar uma jaca verde tão pequena.

Na comunidade Receitas vegan/vegetarianas, no Orkut, as pessoas ficaram em polvorosa com a receita de bife de jaca verde. Alguns conseguiram encontrar jaca verde, mas foram poucos.

Aí hoje eu tava no ônibus, vindo pra casa. Eu posso descer em três pontos, e geralmente desço só no último desses três, porque é só quando eu consigo encontrar forças pra levantar do banco. Depois do primeiro ponto onde eu posso descer, o ônibus sobe o morro. E eu tava lá, pensando se ia descer no próximo ou no próximo-próximo ponto, quando olhei pra fora e vi uma jaqueira. Carregaaada de jacas! E com jacas pequeeenas! De um palmooo!

Até desci no próximo ponto, só pra vir procurar receitas.

é bem provável que eu não faça nenhuma receita, porque já soube que faz uma sujeira enorme, a jaca solta um leite que cola em tudo.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Vocês não conhecem a minha mãe, mas eu conheço. Há 23 anos. Há pelo menos uns 10 eu me dei conta de que ela é a pessoa mais ativa do mundo. Ela não consegue ficar parada. Não é como eu, que vê um pé engessado como uma oportunidade pra passar o dia na cama e escravizar pessoas pedindo que elas peguem água pra mim, fechem a janela, abram a janela, verifiquem meus e-mails e arrumem aquele livro ali na estante que tá meio torto.

A minha mãe fica im-pos-sí-vel quando está com uma das pernas imobilizada. E eu digo com a experiência de quem já viu minha mãe quebrar/torcer as duas pernas várias - eu disse várias! - vezes. E com a experiência de quem já viu a mãe passar por cirurgias nos dois joelhos.

Ela diz que precisa de repouso, se irrita porque todos somos lerdos menos ela, levanta, arruma a casa, faz o almoço, faz lanche, dá banho na cachorra.

E ainda diz: -Com uma perna só!

e é verdade. ela faz em uma hora, com apenas uma perna, o que eu, meu pai e meu irmão juntos demoramos umas três pra fazer.

Lição de hoje: dê valor a sua folga

Hoje é feriado. Fique em casa, faça um bolo, tome um banho longo, vá ao cinema, leia um livro. Faça qualquer coisa, mas qualquer coisa que mostre que você está grata por ter um dia a mais de folga na sua vida.

Um dia em que você pode acordar na hora que quiser, tomar banho na hora que quiser, almoçar na hora que quiser, porque você não tem hora pra nada. Um dia em que você não precisa nem usar lentes de contato, a menos que escolha usar sua folga para ir ao cinema.

Tudo isso eu disse pra minha mãe, quando ela disse que queria ir ao dentista no dia de folga. Pois é, o dentista também resolveu desprezar o feriado.

Eu disse "esquece, cochila à tarde. ao dentista você vai quando sair do trabalho." Mas, não, ela tinha que ter um compromisso. E ela saiu pra ir ao dentista e eu só falei com ela de novo quando ela ligou pra pedir pro meu pai ir buscá-la no hospital porque ela tinha virado o pé e estava com a perna engessada.

Então, a mensagem é clara: se você tem uma folga, dê valor a ela. Não importa se o dentista não vai fechar o consultório no feriado. Pode contar que ele também vai aprender a lição.

sábado, 18 de novembro de 2006

E o mais legal é que quando eu tava pagando veio entrando uma cachorrinha vira-lata de fininho na loja e foi pra trás do balcão de pagamentos.

Uma vendedora avisou a outra e eu já tava meio pronta pra dar um chilique se alguém maltratasse a cachorra.

Mas, que coisa, a vendedora de trás do balcão serviu ração numa tigelinha pra cachorrinha, que antes tomou a água que tava num potinho.

E aí claro que eu nunca vou comprar minhas ampolinhas em outra loja. Porque essa, além de barata, é a mais simpática.

Toda semana eu faço minha peregrinação até a loja de produtos pra cabeleireiros pra ver se acho aquele produto. Aquele. Aquele que precisa ser aplicado apenas uma vez e deixa o cabelo macio, brilhoso e solto pa-ra sem-pre.

Algumas vendedoras já me conhecem, e tem uma que é muito simpática e sempre que me vê vem me mostrar alguma coisa. É bom porque ela lembra o que eu comprei, pergunta se eu gostei, lembra até que o produto que eu tava procurando chegou.

Então eu tava lá, né? Sentindo o perfume de todos os xampus, pra depois passar a tarde com a garganta fechada com a alergia, e ela começou a passar as mãos no meu rosto e esfregar, esfregar, esfregar.

Eu tava pronta pra cuspir um gênio com direito a três pedidos quando ela explicou:
-Seu blush borrou, tô arrumando pra você.

Mas, assim, eu ando com blush e pincel na bolsa, é só pedir.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Se existe uma primeira vez na vida até pra provar tofu, é claro que tinha que existir uma primeira vez pra ligar pro banco e ser bem tratada.

Depois de anos de relacionamento, finalmente consegui o que queria com apenas um - eu disse um! - telefonema.

E o atendente só tentou me convencer uma - eu disse uma! - vez de que ter a função crédito ativada contra a minha vontade era uma coisa boa.

Minha prima vem pra cá depois da escola pra estudar comigo, mas eu tô meio assim, lerda, então nem fiz almoço nem nada.

É minha folga hoje, então acho que vou sugerir esquecer o Inglês e passar a tarde vendo Sex and the City e tomando suco de manga. Ou nem sugerir, mas mandar mesmo. Porque eu que sou a adulta aqui.

na minha avó tem umas três mangueiras em casa. então imagina que a cozinha aqui de casa é manga pura.

O que alivia:
-saber que você tem um par de sapatos vermelhos
-ver o quadro de fotos arrumado

O que irrita:
-nunca ter usado os sapatos vermelhos
-o vento desarrumar o quadro de fotos e você passar semanas sem forças pra arrastar a cômoda e pegar as fotos que caíram lá atrás

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

E o sol finalmente apareceu!
Agora é só escolher quando vou usar minha blusa branca liiinda!

vegetarianismo, parte II

Alguns vegetarianos reagiram aos posts do Dr. João Curvo de maneira agressiva. Acho que eles não entenderam que o médico não estava condenando esse tipo de dieta, apenas alertando e informando.

Antes de virar vegetariana, eu sentia uma certa agressividade em alguns vegetarianos e ainda sinto. Acho que é justificada, porque são pessoas que sabem o que a indústria da carne faz, sabem como os animais sofrem e acreditam que nós não podemos esperar que as pessoas cheguem, sozinhas, à conclusão que eles já chegaram, a de que comer carne é ruim para os animais, para o planeta e para você, se for consumida em excesso.

Agressividade afasta, em qualquer situação. Eu não tenho esse hábito de sair gritando com as pessoas porque elas comem carne, mesmo que elas gritem comigo quando eu digo que não como carne. Eu não digo, num tom imperativo, que todo mundo tem que largar a carne, mesmo que me digam que eu devo comer carne.

O que eu noto é que quem come carne, quando ouve um "não coma carne", age na defensiva, claro, porque você está ofendendo o estilo de vida dele. E uma pessoa na defensiva não ouve, só se defende, não está aberto a nenhuma informação.

Quando alguém se interessa, eu digo como me sentia antes de parar e como me sinto agora. Eu explico que a vontade de comer carne passa após alguns meses e que você pode ver um espeto de churrasco na frente, que não sente vontade, porque não enxerga mais como comida. Eu digo que conheço uma pessoa perdeu 15 kg e eu nunca mais fiquei acima do meu peso. Eu mostro vídeos com os horrores dos matadouros, mostro as fotos. Mostro sites com receitas, dou umas dicas, digo o que eu uso como alternativa. Mas só quando me pedem.

E quando eu digo que não como carne e alguém diz "ahh, mas uma picanha sangrenta é uma delícia", eu não digo nada, só penso "foda-se, não te perguntei nada." Porque, além de vegetariana, eu penso antes de falar.

vegetarianismo, parte I

No post anterior eu disse que só comia massa há duas semanas. E a Jussara me perguntou se eu tinha visto o que o Dr. João Curvo falou sobre a dieta vegana no blog dele. Ela disse que alguns vegetarianos leram e ficaram revoltados.

Eu não conhecia o blog dele, mas achei pelo Google e li os posts sobre o veganismo. Os textos são muito ponderados. Ele não disse que as pessoas não devem seguir esse tipo de dieta, ele só disse que há riscos. E eu imagino que ele como médico deve saber que deficiência de nutrientes ocorre em qualquer dieta. Se você come carne, mas todos os dias come só arroz, bife e batata frita, sua saúde não vai ser perfeita. Quando ele fala em um "modelo alimentar que acaba fazendo mais mal do que bem", ele não está falando do veganismo, mas da pessoa que, ao se tornar vegana, substitui a proteína por pão, arroz, batata e salada. Quando ele diz que a pessoa fica "mais vulnerável a resfriados de repetição, anemia e queda de cabelos", ele não está falando do vegetariano, mas do vegetariano que deixa os produtos de origem animal e não os substitui corretamente. No primeiro post sobre o assunto, aliás, ele indica vegetais que são fontes de zinco, ferro e fala da B12. Os posts dele foram muito bons. São informativos, não estão julgando a dieta, apenas alertando para o que pode acontecer se não tomarmos cuidado e levarmos a alimentação a sério.

Uma dieta vegetariana estrita, aquela onde, além da carne você não come nenhum produto de origem animal, como ovos, leite e derivados e mel, é uma dieta complicada no início. Não acho bom mentir e dizer que é muito fácil, porque pra maioria das pessoas vai ser complicado. Não porque seja naturalmente complicado, mas porque nós não estamos acostumados a comer direito. Depois que você aprende a combinar os alimentos, a saber o que contém cada legume, fruta e verdura, fica mais simples.

O corpo não sente falta de carne, sente falta de nutrientes. A vitamina E que você ingere vai executar a função dela tenha ela vindo do fígado ou das castanhas. O organismo não vai reclamar se você preferir comer espinafre em vez de ovos. Mas, se não ingerir vitamina E, de fonte animal ou vegetal, você pode ter problemas na função reprodutora ou ter distrofia muscular.

A única coisa que não se consegue numa dieta vegana é a proteína B12. Não tem mesmo em produtos não-animais e é MUITO importante. O corpo faz um estoque por alguns anos, mas quem é vegano tem que fazer uma reposição. E aí tem que ter muito cuidado com o que realmente repõe a B12, porque uns dizem que o levedo de cerveja repõe, outros dizem que não. Na dúvida, procure um médico e siga a recomendação dele. Provavelmente ele vai te receitar a fonte de vitamina B12 que achar mais adequada. Você vai à farmácia com a receita e compra. Não é complicado.

Não há restrições ao vegetarianismo. Crianças, idosos e gestantes podem seguir uma dieta sem carnes e sem alimentos de origem animal, desde que sejam orientadas por um profissional. Agora, se você for a um médico e ele condenar o vegetarianismo, não confie nele. Ele é desinformado. As pessoas podem, sim, viver sem comer carne, ou eu, a Cíntia e todos os vegetarianos do mundo estaríamos mortos. Não estou morta, nunca passei mal por ser vegetariana, tenho boa disposição, não sinto dor de cabeça e nunca fico resfriada por mais de um dia. A avó dos meus primos é vegetariana há mais de 40 anos. Minha tia manteve uma dieta vegetariana na segunda gravidez dela e meu primo nasceu saudável, com peso e tamanho normais. O médico que não acredita no vegetarianismo deveria se preocupar em explicar esses milagres ao mundo.

A anemia, com a qual todos se preocupam, pode acontecer com qualquer pessoa, e às vezes não depende da dieta. Infelizmente, algumas pessoas têm uma tendência à anemia, e podem sofrer disso mesmo comendo carne todos os dias. Não confie num médico que diz que apenas comer fígado cura a anemia.

Quando eu disse que só comia massa há duas semanas, foi um post curtinho, não expliquei nada. Mas eu tenho comido muita massa, não me engorda, não me sinto pesada e eu não como só macarrão. Como com abobrinha, espinafre, cogumelos, tomate, ricota, brócolis, cenoura, soja e tudo mais.

Eu não sou médica, não sou nutricionista e não posso formular dieta pra ninguém que queira virar vegetariano, mas eu aprendi algumas coisas e me alimento melhor agora do que quando comia carne.

Tem umas duas semanas que eu não como nada além de massa no almoço e no jantar.

Não engordei.

Você já passou por isso

Todo mundo já passou por isso.
Você digita as letrinhas em algum serviço do Uol, e precisa digitar de novo e de novo, porque digitou errado e errado.

Por quê?

Porque as letras são TORTAS!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Então o que eu fico pensando é: quase todas as meninas que eu conheço dizem que não sabem andar de salto.

Mas os sapatos de salto continuam sendo produzidos. E comprados. Eu mesma tenho uns 5 ou 6 pares ainda com etiqueta. Porque eu compro, mas nunca uso. Não sei andar de salto, né?

Mas o caso é, nem todo mundo que compra sapatos com saltos enormes é como eu. Alguma mulher no mundo TEM que saber se equilibrar num salto.

A grande questão é: acreditando que há mulheres no mundo que sabem andar de salto, onde estão elas e por que não fazem um blog ensinando isso a outras mulheres no mundo?

Em vez de passar o dia deitada, vendo os DVDs que eu comprei, eu resolvi arrumar a estante, que espera há meses por uma arrumação. Se os DVDs coubessem na estante, eu teria passado o dia dormindo. Mas eu precisava de um espaço pra eles. Se eu não tivesse comprado os DVDs, não teria que passar meu feriado arrumando a estante e teria vários reais a mais na minha conta.
...
É tanto lixo, tanto lixo. Achei o DVD da minha formatura. Já tem mais de um ano e eu nunca vi. Nem vou ver, acho.
...
Eu achei a caricatura que fizeram de mim pra colação. Eu acho que não era uma pessoa desequilibrada naquela época. Porque eu nem lembro de ter gritado e chorado depois de ver que me deixaram parecendo uma Jessica Rabbit não ruiva.

Faço um brigadeiro super ruim no fogão. Só sei fazer brigadeiro no microondas. Acho que isso diz muita coisa sobre mim, só não sei ainda o que.

Eu até sonhei com baunilha. Sonhei que tava numa loja de perfumes e eu tava experimentando vários cremes. E experimentada o de baunilha. Era um cheiro super gostoso, não como esses cremes enjoados de baunilha que tem por aí.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

A Hannah come uma ração muito boa. Pelo menos a gente compra e põe no pratinho dela, porque a veterinária mandou. Mas ela não gosta.

Ela gosta de uma ração não tão boa. Não é superpremium como a dela, não é premium, é standard. Ela adora.

Aí fica todo mundo com pena de ver que ela não come a ração boa, então a gente mistura com um pouquiiinho de uma mais barata, que ela adora, e ela come as duas juntas.

Isso só pra dizer que minha mãe perdeu mesmo a noção do que é um relacionamento saudável entre humanos e caninos. E ontem isso ficou claro.

Ela tava dando comida na boca da Hannah. Olha, isso é até comum aqui em casa, então não faz essa cara de surpresa, porque essa não é a parte maluca do post. Essa é a parte normal.

A parte maluca é que minha mãe tava separando a ração por formato e cor. Porque ela descobriu, cara, olha o que ela descobriu!, ela descobriu que a Hannah não gosta de misturar formatos e cores enquanto come.

Fui enrolar, digo trabalhar e quando voltei o cheiro de baunilha continuava aqui.
Porque é imortal, não morre no final.

E acabaram de quebrar o vidrinho de essência de baunilha.
O cheiro de baunilha chegou até o meu quarto.

Ninguém vai repor, né?
Então, além de reclamar da vida, hoje também tenho que passar no supermercado.

Cheguei ontem e uma parede na sala tava toda quebrada. E fiquei "o que é isso? o que tá acontecendo?"

Foram logo me perguntando de que cor eu quero o meu quarto. Porque a casa toda vai ser quebrada. Uns fios vão ter que ficar dentro da parede e, sério?, tem que quebrar meu quarto?

Eu tenho que desmontar tudo, sair do quarto, dormir na sala, depois arrumar tudo no quarto? Não dá pra esconder os fios no rodapé? Isso não tava dando certo até agora? Quem se importa com ruídos no telefone? Eu sei que dei um chilique, mas eu não preciso mais de telefone.

Dias-dias-dias de barulho.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Então tá que todo mundo tem que ser tolerante e nunca discriminar.
Mas não dá, não dá pra ser tolerante com usuários de Nex.tel.

Chega de ouvir conversa dos outros.
Eu proponho a exclusão dessas pessoas da sociedade. Vamos discriminar e discriminar e ignorar até que eles se toquem e parem de tratar assuntos particulares em público.

Ou até que eles se mudem pra uma ilha só para usuários de Nex.tel, sei lá.

domingo, 12 de novembro de 2006

Gaaah, comi o melhor rondelli da minha vida hoje.
Nem me importo em ser trocada por um jogo de futebol, porque eu fico aqui com a lembrança do rondelli e com o Virtua, que é muitomuitomuito melhor do que o Velox e o Speedy juntos.

sábado, 11 de novembro de 2006

Tudo, né? Tudo que podia dar errado deu.

Até perder o recibo da bagagem. E desembarcar na mesma hora que um avião que vinha da África e ficar numa fila imensa enquanto as pessoas mostravam cartões de vacinação. E morrer de medo de Ebola.

E o pior: passar pelo Duty Free sem poder comprar na-da. Na-da. Na-da. Na-da. Eu vou ter até pesadelos com todas aquelas maquiagens a preço de banana esperando por mim.

Ninguém se acha na obrigação de ser normal, ninguém.

Eu liguei pra uma empresa pra pedir uma informação.
-Nós estamos no horário de almoço, você poderia ligar ao meio-dia?

Se tá almoçando, por que atende o telefone?

É como eu sair do banho correndo porque o telefone tá tocando, atender e pedir pra ligar depois, porque tenho que enxaguar meu cabelo.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Tá chovendo, tá frio pra caramba, tenho milhões de coisas pra fazer hoje. Todas fúteis, mas que não podem ser adiadas.

Mas acordei tãotãotão feliz com a Flávia avisando que tinha passado na prova da Ordem, que eu tô pensando até em não reclamar da chuva, do frio e dos milhões de coisas fúteis que não podem ser adiadas. Tipo, não vou reclamar o dia todo.

Mas, também se eu reclamar e for crime, hahaha, agora a Flávia pode ir lá me defender.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Olha a cara dela.

Tá cada dia mais abusada. Ela acorda minha mãe de madrugada pedindo carinho. E hoje lambeu o sanduíche que eu deixei em cima da minha mesa enquanto ia à cozinha fazer um suco.

Eu adoro televisão, né? Então essa semana é particularmente estressante pra mim. Preciso me concentrar pra ver todas as estréias de séries e temporadas.

Eu tava especialmente ansiosa pra estréia da 7ª temporada de Gilmore Girls. Porque a Amy Sherman-Palladino saiu e, gente, como é que vão fazer aqueles diálogos sem ela?, e todas as questões que fazem o mundo girar.

É uma das séries que eu mais gosto e acho que foi o trabalho de tradução que eu mais gostei de fazer. Um dos mais difíceis, principalmente por eu gostar da série e não querer perder todas aquelas referências pop e ao mesmo tempo querer que todas elas sejam muito acessíveis a qualquer um que assista. E também porque as duas falam muito e o maior trabalho do mundo é colocar o que elas falam em apenas duas linhas.

E estreou e eu fiquei com tanta pena do Luke, tanta pena. Meu consolo é que eu não sou a nova roteirista, porque senão eu tinha deixado escapar um "quem não dá assistência..." da boca da Lorelai, e acabaria com qualquer chance de uma 8ª temporada.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

O que me incomoda demais: quando alguém pega meu celular e vai abrindo e mexendo e tudo e trocando toque, e trocando as fotos da agenda. E quando entra em algum joguinho?
Às vezes a mesma pessoa pega o celular várias vezes. Sempre que me encontra e o celular tá dando bobeira a pessoa pega.

Eu acho muito fácil conviver comigo. Apesar do meu mau humor. Porque tudo me incomoda, então eu evito fazer pros outros coisas que me incomodam.

A minha conclusão é que o mundo só teria a ganhar se a população toda se irritasse com tudo.

-Ai, tô tão cansada.
-Cansada de quê, Renata? Você trabalhou menos de 3 horas hoje. Se você tá cansada, imagina eu! Eu trabalhei mais de 10 horas hoje e ainda fiz jantar quando cheguei.
-Mãe, a gente não tá jogando Super Trunfo do cansaço.
-...
-Mas, se tivesse, o seu cansaço ganharia do meu.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Hoje encontrei uma pessoa fantasiada de joaninha quando tava indo pro trabalho.

Olha que genial. Procurando atividades já prontas (ô, preguiça), achei uma que ensina as palavras "cunt", "fuck", "piss", "shit", "balls", "bugger", "prick", entre outras.

Assim, educação para a vida.

Quando eu era criança, fui algumas vezes pra Argentina de carro com meus pais. E eles traziam várias coisas de lá, tipo doce de leite e cerejas, que eu me lembro de vir comendo no caminho com vários lenços de papel pra não sujar a roupa. E alho.

Não sei qual é e nem se existe relação entre alho e Argentina, mas meus pais traziam quilos quando iam lá. O que não quer dizer muita coisa, porque eles não sabem comprar menos de 5 kg de alho, em qualquer parte do mundo.

E quando eu sinto cheiro de alho, lembro da Argentina.

E aí, cadê o glamour?

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

A pessoa, gente, a pessoa vem assoviando atrás de mim pra pedir passagem. A pessoa não se toca que, se eu tivesse pra onde ir, não esperaria ouvir um assovio pra ir. Porque eu quero qualquer coisa na vida, menos ficar perto de quem não pode abrir a boca nem pra pedir licença.

Eu acho inexplicável que a auto-escola não eduque as pessoas sobre o uso da buzina. Porque se há um engarrafamento as causas podem ser muitas, mas eu ga-ran-to que a causa não é um motorista lá na frente esperando pra ouvir você buzinar.

Olha, garanto.

É quando você liga pra retornar a ligação do pai de um aluno, pergunta por ele e ouve a agressividade de um "quem é que quer falar com ele, hein?", que você se toca de como ciúme é ridículo pra quem tá de fora.

Só não é ridículo mesmo pra quem sente, só.

Eu sou bem mal humorada. Não parece, porque eu tô sempre rindo ou sorrindo, mas eu reclamo de tu-do (quase) o tempo todo.

Eu reclamo do frio, do calor, da falta de roupas, do excesso de roupas, da falta de espaço, das pessoas em geral, de pessoas em particular, do jornal, da revista, do site, do sistema de entregas da lanchonete, do atendimento no banco, das contas que eu tenho que pagar, das contas que eu paguei, das contas que eu esqueci de pagar, do vento que me despenteia, do vento que derruba as fotos no quadro de fotos, das pilhas de papel na minha estante, do creme que não funciona, do creme que funciona mas é caro, do meu cabelo que nunca se arruma, do meu cabelo que só se arruma quando eu não preciso, da falta de tempo, de ter tempo demais, dos sapatos lindos que eu não consigo usar sempre.

Quem me vê de longe não sabe que eu sou chata assim e leva um susto quando eu começo a reclamar da roupa da apresentadora na televisão, que tá estragando meu dia.

Acordei num mau humor que não sei nem descrever. Acordei com um sonho que não combinava nada com segunda de manhã. Nem lembro direito o que era.

Tocaram a campainha de uma maneira irritante e insistente. A campainha aqui de casa já é irritante por si só. A pessoa ainda se esforça e fica 30 segundos apertando.

Pensei muito em não atender, porque devia ser uma criança mal educada. E o que eu posso fazer? Não vou ficar dando educação pro filho dos outros via janela.

Mas era o carteiro com minhas encomendas do Mercado Imaginário. Que lin-das! O acabamento é super caprichoso, a entrega foi super rápida. Eu paguei na quinta (feriado) e chegaram hoje de manhã.

domingo, 5 de novembro de 2006

Um domingo com cara de sábado pra mim

Correndo pra terminar uma tradução. E enrolando ao mesmo tempo.
...
-Põe naquele programa legal que eu vi ontem.
-Mãe, não tem um canal só pra Hell's Kitchen passando 24h. Tem que esperar a hora do programa de novo.
-Então põe em qualquer programa que eu vá gostar, ué. Hum, esse seu edredom é gostoso...
...
Mamãe fez um estrogonofe de soja pra mim. Tive que parar pra conferir se era de soja mesmo.
...
Bolo de banana antes que as bananas estraguem. Nunca tenho oportunidade de testar aquela receita de bolo de chocolate.

sábado, 4 de novembro de 2006

Eu tenho certeza que tem gente que pensa que eu sou manicure. Porque eu não uso nenhum instrumento que não seja meu pra fazer as unhas. Nem lixa.

Então, tenho uma maleta bem grande com tudo que eu preciso. Nem esmalte eu uso o do salão, porque gosto de ter em casa pro caso de o esmalte lascar e eu precisar retocar.

Daí eu entro com a malinha, os vizinhos do salão devem achar que eu sou manicure.
...
Quero morrer num dia em que não tenho tempo pra nada, as unhas tão no limite, passo em frente a um salão e não posso entrar porque tô sem a maleta.

Gente, a minha mãe é tão fofa. Ela é a mãe mais legal do mundo.
Eu tava aqui choramingando porque não tem espaço pra mais NADA no meu quarto, NADA. A mala minúscula fica num canto, não sei onde vou enfiar a mala grande quando eu comprar. E, cara, nem aceito sugestões.

Aí minha mãe insiste que eu tenho que mandar fazer uma sapateira e comprar um guarda-roupas e eu não sei onde enfio o treco de colocar bolsas e chapéus, se entrar mais alguma coisa aqui. Não tem espaço, todas as paredes estão ocupadas, não posso deixar um guarda-roupa bem no meio do quarto.

E eu falo que a culpa é deles, que não tiveram aquela idéia do walk-in closet, que não pensaram que meninas crescem e pre-ci-sam de coisas essenciais como roupas, sapatos e bolsas.

E minha mãe é tão fofa, mas tão fofa, que ela fala:
-Acho que dá pra ceder uma parte do meu quarto pra você, aquela parte que é tipo um antequarto*. Dá pra abrir uma porta pro seu quarto.

Imagina se eu vou fazer isso, cara. Tirar um pedaço do quarto dos meus pais pra guardar sapato. Só mãe mesmo pra ceder uma parte do próprio quarto pra filha...

*ante-sala eu sei que existe. antequarto eu chutei. no google achei ante-quarto. mas não é, né? porque se a palavra existir o correto deve ser antequarto. enfim, deu pra entender.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Eu fiz os pãezinhos e levei pra Erica.
Ela só soube que eram de soja porque eu falei.

Usei as salsichas em lata da Superbom. Uso o que preciso, e depois congelo individualmente, pra quando me der vontade.

Pãezinhos super fáceis


1 kg de farinha de trigo
1 copo (pequeno) de óleo
1 copo (pequeno) de açúcar
1 colher de sopa de sal
100 gramas de fermento biológico
3 copos (pequenos) de água

Misture os ingredientes, dissolvendo o fermento na água antes. Trabalhe a massa e faça bolas. Deixe descansar por 15 minutos. Recheie e leve ao forno. Antes de descansar, a massa fica grudando nas mãos, bem mole. Depois de descansar, ela ainda fica mole, mas nem tanto. Mas não se assuste se ela grudar um pouquinho, mesmo assim dá certo.

O recheio eu fiz de cachorro-quente mesmo, bem simples. Refoguei bastante cebola, depois acrescentei pimentão e tomate e um pouco de molho de tomate já pronto. Aí incluí salsichas de soja cortadas em rodela, não deixei cozinhar muito, porque elas já iam ao forno junto com os pãezinhos e não queria que desmanchassem.

Não precisa sovar a massa.
A massa fica mole mesmo.
Dá pra rechear com o que você quiser. Cachorro-quente, queijo...
Se rechear com algo que leve molho, o molho não pode ser muito líquido, pra não vazar do pãozinho.



Tinha esquecido de falar: na primeira foto só tem uma parte dos pãezinhos. A receita rende bastante, uns 40 pães daquele tamanho.

Nem almocei. Acordei ao meio-dia com a Erica me ligando pra dizer pra eu ligar pra Cíntia e combinar de ela ir na casa da Erica.

Aí disfarcei a voz de sono, e fingi que já tava acordada há muito tempo. Só me toquei que tava tarde quando a Erica me disse que tinha acordado às 9. E eu pensei "ué, mas que horas são?" Me assustei quando vi a hora, não esperava dormir tanto. Liguei pra Cíntia e fui correndo na padaria comprar fermento biológico.

E agora tô aqui, pensando no que vestir num dia de chuva, sentindo o cheirinho dos pães recheados com salsicha de soja e molhinho. Eu não fiz a massa, só o molho.

Mais tarde tem fotos e receita.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Das coisas que minha avó me ensinou

Nunca sair de casa com roupa de baixo feia.

"Porque você pode sofrer um acidente e depois todo mundo no hospital vai comentar seu sutiã surrado ou sua calcinha furada. "

Algumas pessoas elevam o conceito de sabedoria a um outro nível.

Meu cabelo cresceu do dia pra noite ou fui eu que saí de um, sei lá, de um estado de negação, e comecei a perceber que ele está e-nor-me?

Eu vi na Mary W. há vários dias e fiquei morrendo de vontade de responder também, mas, todos sabem, sou lenta.

What to Wear:
vestido tipo chemisier, e blusas soltinhas.
What NOT to Wear: viscolycra, skinny jeans, lingerie com jeans.
What to Shoe: Melissas e sapatilhas
What to Bag: La Reina Madre, Mercado Imaginário, Lu de Mari, as que a mãe de uma aluna faz pra mim.
What to Denim: 517. 518 pra usar com sapato baixo. 514 também, pra disfarçar o quadril largo.
What to E-Bay: coisas bizarras de famosos.
What to Tee: Camiseteria
What to Accessory: bolsas coloridas, meu chaveiro de coração, óculos escuros grandes
What to Bargain: pontas de estoque
What to Jewelry: meu cordão de bailarininha, o presente mais lindo que eu já ganhei.
What to Makeup: rímel, batom e blush. e corretivo.
What to Fragrance: quase qualquer um masculino
What to Hair: Em casa, qualquer produto Alfaparf, ampolinhas que deixam qualquer cabelo feliz. No salão, cauterização. E rabo de cavalo alto.
What to See: a Hannah correndo atrás de comida, é engraçado. E os DVDs de Sex and the City, me rendi. :)
What to TV: lista sem fim. My Name is Earl, Nip/Tuck, House, Grey's Anatomy, Big Love.
What to Listen: esta semana só Ben Folds.
What to Read: Harry Potter
What to Eat: massa
What to Drink: suco de melancia.

Depois de ver no da Mary W., eu vi em outros blogs, e o legal é ver como cada um interpretou "bag", "hair" e tal de uma maneira diferente.