segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

quem me levará sou eu

Em 2008 eu vou ali e já volto.

O blog não vai acabar, mas em janeiro vai estar bem devagar, porque não vou ter Internet. Meu celular não é mais meu. Não vou atender nos meus telefones de casa.
Meu e-mail é o mesmo. Meu MSN é o mesmo. Meu Skype é o mesmo.

Eu ainda sou a mesma, mas daqui a pouco serei eu mesma, mas diferente.



Não diga que eu me perdi
Não mande me procurar
...
Quem me levará sou eu

Quem regressará sou eu

Um beijo, até daqui a pouco!

De 2006 para 2007 eu desejei que meu próximo ano fosse leve. E leve é tudo que 2007 não foi. Ainda bem, porque foi meu melhor ano.

Em janeiro eu tava parada, olhando pro nada, daquele jeito de quem diz "é isso mesmo, não há o que fazer." E resolvi, sei lá por que, me fazer de satisfeita, deixar como estava, não ter trabalho. Em abril caiu tudo na minha cabeça. E eu chorei, sofri, dei chiliquinho, surtei, ameacei de morte, enfim, mostrei todo o meu equilíbrio.

Depois entendi que era isso mesmo.

Que o mundo não ia parar até que eu me sentisse melhor. Que a vida é assim. Que tudo passa. Que eu não merecia. Que ninguém merece. Que essas coisas acontecem. Que ganhar colo é muito bom. Que tudo bem ligar chorando pra uma amiga só pra ouvir que no final tudo vai dar certo. Que tudo bem odiar, porque até isso passa. Que tem gente que é babaca mesmo, e não há nada que se possa fazer. Que a minha mãe tá certa e a única coisa que funciona é mandar tomarnocu. Que rir é mesmo a melhor coisa, mesmo que você tenha que rir de si mesma, quando nota que quando chora parece um buldogue francês. Que terapia funciona mesmo e só faz bem, mesmo que te faça sofrer.

Que o jeito é rir do que passou. Que se jogar às vezes é bom. Que fazer novos planos também é bom. Que abandonar planos antigos pode ser libertador. Que olhar nos olhos de alguém e sentir as bochechas quentinhas é o melhor recomeço. Que há vários recomeços. E todos são bons. Que a coragem pode estar escondida, mas está lá em algum lugar.

Que eu consigo dirigir. Que eu mando o carro pra direita e ele vai mesmo! Que eu mando o carro parar e ele pára mesmo! Que é possível me equilibrar em cima de uma bola gigante. Que fazer a posição do avião não é assim tão difícil. Que suar é bom e até faz sorrir.

Que a vida só anda com um empurrão. Meu ou de outra pessoa, a escolha é minha.

Tantas coisas eu entendi em 2007 e tantas mais vou entender em 2008, tenho certeza. Por isso pensei muito no que eu queria pro meu novo ano. E eu quero entender mais coisas.

Quero risadas, sorrisos, roupas lindas, sapatos de enlouquecer, maquiagem perfeita, música, comida, vinho, caipirinha, suco de kiwi, suco de abacaxi, chocolate ao leite, chocolate amargo, chocolate quente, céu azul, noites estreladas. Quero massagens relaxantes, hidratantes cheirosos, quero pele macia, quero All Star sujinho, quero saudade boa, quero reencontros, quero planos, quero me jogar, quero saltos altíssimos, quero cores. Quero many many many bisous. Quero que cachorrinhos não sofram, que minha mãe não chore e que dê tudo certo.

Quero que aconteça tudo que tiver que acontecer. Pra mim e pra você.

Feliz 2008!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ah, é, eu agora tenho permissão para dirigir!

Pra você ver a que nível anda o país...
...
Pra quem é de Nova Iguaçu, super recomendo a minha auto-escola. Enquanto as outras pessoas têm que ficar procurando uma sombra pra esperar a hora de fazer a prova, a Floresta arma uma tenda, leva banquinhos, água gelada e dá pulinhos de alegria quando você passa. Ha-ha.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Adoro quando estou tentando chegar até a porta do metrô, com licença, com licença, com licença, e alguém pergunta "vai descer?"

Mordo a língua pra não falar "descer? eeeu? não! só queria sentir seu corpo contra o meu."

domingo, 23 de dezembro de 2007

Tem tanto tempo que eu não sei mais quanto, precisaria parar e contar. O que eu não vou fazer agora, claro, porque, ah, preguiça e também não importa. Faz tempo. Pra mim faz tanto tempo.

E chega alguém aqui em casa com um presente pro meu enxoval. E antes de ficar zangada ou qualquer coisa, eu fico chocada.

Como é que numa família que sabe que a prima fulana amamenta com um protetor de mamilo não sabe que um relacionamento terminou?
Sabe, assim? Me senti super desprestigiada, porque tem gente aí achando que há fofocas mais importantes. E não há.
Nenhum assunto foi mais importante em 2007 do que meu break-up traumático e como eu me tornei essa pessoa tão melhor e mais bonita do que eu era. E como meu cabelo está bonito e a pele está melhor e como eu estou mais magra e minhas roupas são muito mais legais.

Sabe, vamos falar do que interessa.

E o cartão de natal que eu ganhei com Cauã Reymond sorrindo pra mim?

Só assim mesmo pra ter um feliz natal...

Thanks, D.!
...
Detesto natal, acho super triste, não tenho paciência com tia-avó (e tem gente que pensa que eu sou fofa), não peço presente e só me preocupo em dar presente pra umas três pessoas. Enfim, fico mais mal humorada do que de costume. Já passei por alguns natais com uma personalidade diferente, mais simpática, mas isso não aconteceu ano passado e não parece que vai acontecer este ano.
...
Este ano, eu resolvi ser fofa mesmo e dei cookies pro pessoal do trabalho.
Falei pra Renata P. que ia fazer isso e ela me disse:
-Faz um embrulho fofo como os da Patricia!

Mas igual não fica, né? Só vale mesmo pela intenção.
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Mesmo detestando natal, não posso simplesmente dizer que ele não é importante, porque é no natal que eu como a maior quantidade de cerejas que um ser humano consegue consumir. Acompanhada pela cã que come a maior quantidade de cerejas que um cocker spaniel inglês consegue consumir. Cuspindo os caroços, porque não há canina mais inteligente do que ela.

Então, feliz natal, pra quem é de natal, e feliz época de cerejas, pra quem é de cerejas!

Feliz época de comer cerejas até explodir, aumiguinhos!

Ok, ok, feliz natal e paz para os povos!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Foi só o estresse de fim de ano com o nervosismo pelo ano que chega e um adorável treinamento de trabalho no meio de tudo isso.

Não posso dormir o tanto que eu quero dormir até o fim do ano. Vou deixar esse sono atrasado pro começo do ano. De verdade, de verdade, acho que só vou dormir-dormir-dormir lá pro dia 10. É preciso planejar.
...
O que eu faço quando peço um secador compacto, de preferência dobrável, mas com no mínimo 1500 w de potência e a pessoa me mostra um secador azul-bebê da Sandy de 1000 w?

Aí é que eu fico preocupada. Se nem na minha língua entendem o que eu quero...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Eu tenho esse oftalmologista que é um fofinho. Ele cuida dos olhos de quase todo mundo na minha família, menos dos da minha mãe, que prefere o filho caçula dele. Minha mãe sempre diz que eu tenho que marcar consulta com um dos filhos, porque meu médico já tá velhinho. Eu não consigo ligar pra clínica dele e não marcar consulta com ele, porque ele é um vovozinho e eu não quero que ele se sinta inútil e eu acho que ele é bem competente, eu gosto muito dele e ele fala tudo no diminutivo.

-Vamos examinar esse olhinho. Põe o queixinho aqui. Vê se você enxerga as letrinhas.

Hoje, indo de um aparelho a outro, ele falou:
-Senta aqui, gordinha.

Bom, acho que já deu, né?

Caducou.

Na ótica, sou forçada a contar pra vendedora que Dior não cabe no meu orçamento, é melhor parar de me mostrar, não vai adiantar.

Depois de mais algumas dezenas de armações, tenho que interromper novamente, pra falar:
-Mas, olha, não é porque eu não posso comprar Chanel que eu vou levar um chamado No_Stress. Eu fico estressada só de me imaginar usando isso! Vamos achar um meio termo?

Não, não achamos. Depois de tentar explicar que eu queria uma fininha, não queria nada com strass e muito menos strass que formasse o nome Ana_Hickmann nas hastes, e mesmo assim ouvir que eu devia experimentar aquele ali, que tem florzinhas que parecem decoração de unha, eu desisti. Se o grau continua o mesmo, a armação vai continuar também.

Qual parte de "modelo discreto" as funcionárias de uma ótica não entendem?
...
-Você gosta da Ana_Hickmann?
-Não o bastante pra querer o nome dela na lateral do meu rosto.

E a pessoa entende isso como "sim, nada me faria mais orgulhosa do que andar por aí exibindo toda a minha admiração por essa modelo/apresentadora maravilhosa!"

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

-O senhor pára em frente ao portão de madeira, por favor?

Motorista pára o ônibus.

-Não, ali, no portão de madeira.

Motorista anda 2 m e pára o ônibus de novo.

Enquanto a folgada abre o portão, ele pergunta:
-Não quer que eu te carregue no colo também, não?

E eu ri por todas as vezes em que alguma folgada acha que o ônibus deve parar na frente da casa dela. Olha, já inventaram um meio de transporte que pára no seu portão, ele se chama táxi. Se você não tem problemas locomotores, não há motivo pro motorista parar na sua porta. É só descer no ponto e fazer aquilo que você aprendeu antes mesmo de aprender a falar "motorista, por favor": andar.

E eu digo isso estando na posição de alguém que já viu um ônibus parar para que um casal entrasse no motel. Classy.

Eu tava aqui pensando em como The Best Years, estréia da Sony nesta temporada, é ruim. É ruim demais. Dá vergonha. Mas não é a vergonha que você sente vendo, sei lá, Dawson's Creek. É uma vergonha das grandes, pelos roteiristas, diretores, atores, pelo pessoal do figurino, da maquiagem e do cabelo.

Tudo é ruim. Tudo quer ser muito profundo, mas não chega nem perto disso. É a primeira temporada e os roteiristas devem sentir que é a última, porque querem tratar de todos os assuntos ao mesmo tempo. Tem órfã se virando sozinha na vida, personagem morrendo na frente de outros personagens, alcoolismo, abuso sexual na infância de uma das personagens (a mesma que vira alcoólatra, tá?), personagem bissexual, personagem bissexual revelando que é HIV positivo, personagem ex-estrela de seriado adolescente ganhando o papel de Lady Macbeth e descobrindo que tem talento (a parte da descoberta do talento ainda não aconteceu, mas dá pra notar que vai acontecer).

Então eu tava aqui, tentando entender como alguém no mundo pode achar que tem como desenvolver isso tudo em uma temporada. E em como são os personagens mais azarados que eu já vi. Talvez mais azarados do que os irmãos de Party of Five.

Mas eu tava pensando nisso enquanto via um filme que me prendeu pelo nome: No lugar e na hora errada. Eu pensava na série e vasculhava minha mente à procura das regras de concordância nominal. E, ok, eu posso concordar meu adjetivo com o substantivo mais próximo, mas fica medonho. E aí comecei a pensar em coisas medonhas, como jaca e mangas morcego. E pensei que as mangas morcego foram embora e eu não preciso mais ter medo de ser engolida por um abraço. Pensei, pensei, pensei.

Bom, sei que no filme tinha um anão. E ele era paraplégico. E nisso eu já tava pensando "tá de palhaçada comigo." Foi quando ele confessou que era gay.

Ser tudo ao mesmo tempo agora deve estar na moda, então.

domingo, 9 de dezembro de 2007

-Sou veloz como um raio! Ninguém me pegaaa!

Acho que dá pra confirmar agora que eu não sou mesmo uma daquelas pessoas que diz, no começo de uma relação, "weee, vamos ficar juntos pra seeempre! vamos ter muitos filhos e envelhecer juntos! você é o amor da minha vida! como vivi até hoje sem você? weee!"

Não sou.

Não fico cheia de certezas quando me apaixono. Mas, ao mesmo tempo, fico cheia de descobertas e olhares de canto. Hum, eu gosto dele, que engraçado. Hum, acho que ele gosta de mim. Hum, ele gosta de mim. Hum, hum, hum.

Há muito hum-hum-hum quando eu me apaixono. Isso eu sei. Está confirmado.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Coloco a lente esquerda. Não enxergo nada. Tiro. Lavo, lavo, lavo. Coloco a lente no olho esquerdo de novo. Fecho o olho direito. Enxergo pior com o esquerdo, que está com a lente, do que com o direito, sem a lente. Tiro a lente. Lavo, lavo, lavo. Tem que funcionar, meu vestido não combina com óculos. Minhas sapatilhas muito menos. Coloco a lente esquerda. Não enxergo nada.

Ando pela casa. Ando a casa toda, pra testar se consigo andar enxergando tudo embaçado. Ando, ando, ando. Quase tropeço na Hannah. Não tem nada a ver com a lente. Ela é da cor do chão. E está deitada bem no meio do caminho. Ando, ando, ando. Consigo enxergar. Mais ou menos.

Volto ao banheiro, abro o potinho pra pegar a lente do olho direito. Hum, verde. A tampinha verde é da lente esquerda.

Ah, tá. A lente tava trocada.

Enxergo, posso ir. Meu cabelo insiste em não fazer sentido, mas posso ir. É só torcer pro resto do mundo ter trocado a lente esquerda pela direita. Meu cabelo, visto embaçado, até que fica legal.

A pessoa diz que não está namorando. Cruz-credo namorar aquele cara. Nada a ver com ela. Não é namoro. É só amizade. E fala mal do cara.

O cara em questão almoça na casa dela várias vezes por semana. Leva a pessoa pra jantar várias vezes por semana. Dá presentes. Vai a festas de família na casa dessa pessoa.

A pessoa recebe um telefonema do cara, que diz "vou aí te buscar." O cara vai buscar, e no carro eles discutem sobre onde vão almoçar. Falam de receitas pro salmão inteiro que a pessoa comprou. Rola uma pequena briga por causa do ticket do estacionamento e porque o cara quase se perde indo pra casa dela.

Será que eu vou ter que avisar que, opa, já é namoro?

Eu tava pensando que esse ano ia economizar. Nada de ficar pagando presente de natal em 4x! Nada disso! Eu ia comprar um vestido lindo pro reveillon. Uma sandália liiinda, eu ainda sonhei.

Mas aí ele ligou e no meio do telefonema falou "ah, porque o seu presente de natal..." e eu fiquei ãhn? vamos trocar presentes? E parece que sim. Então acho que tenho que tenho que dar adeus à sandália linda. Ou ao vestido. Não, à sandália. Hum.

Mas o pior nem é isso, nem é o preço. Porque pra isso existe cartão de crédito e acho que já ficou provado que eu não tenho medo dele. Eu tenho faturas e faturas e faturas que provam que eu não tenho medo do cartão.

O meu problema é: o que se dá de presente pra uma pessoa que tem tudo, conhece o mundo todo? O que eu posso dar que seja surpreendente?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Eu tava aqui, quase surtando. Meudeus, são varizes! Meudeus, são varizes! Meudeus, são varizes! Aí notei que, hum, são só as minhas veias mesmo. É só a minha pele que está ficando transparente. Daqui a pouco vai dar pra ver todo o meu sistema circulatório. Como o Kevin Bacon naquele filme em que ele era invisível e injetavam alguma coisa nele e você via todas as artérias, veias e vasos capilares. Ah, eu adoro o Kevin Bacon. Mesmo em filmes em que o sistema circulatório dele seja mais interessante do que todo o resto.

Vou deixar pra pegar sol só na outra semana, porque nesta tenho exames pra fazer. E acho que vai ser muito útil que a pessoa simplesmente olhe pra mim e ache a veia e tudo se acabe em 30 segundos.

Pelo meu pavor de agulhas. Quando eu entro no laboratório, já fica certo que vou dar um show. Nunca vou sozinha. Primeiro porque eu fujo se for sozinha. Eu entro e falo "vim fazer um exame", quando a pessoa olha pra tela do computador, eu já tô virando a esquina. Quando minha coragem dura até a sala de recolher o sangue, é só a pessoa virar pra pegar a seringa que eu já tô lá na sala de espera, pronta pra ir embora. Então preciso de alguém que segure a minha mão. E segure, assim, bem forte, que é pra eu não fugir. Segure, assim, quase quebrando meus dedos.

Além disso, é sempre bom ir com alguém, porque, bom, porque é sempre melhor não ser a única pessoa numa situação constrangedora. É bom saber que há outra pessoa morrendo de vergonha com o meu chilique.

Meu problema não é com sangue, nem especialmente com agulhas. O que eu não agüento é a idéia de furar a minha pele. Se uma farpa entra no meu dedo, eu passo de 3 a 4 horas chorando. Quando eu vejo, já estou de joelhos implorando pra ser levada à emergência.

É aí que minha mãe diz:
-Renata, eu só te levo na emergência agora se for psiquiátrica.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Aconteceu uma coisa hoje.

Eu vi um bebê e fiquei um pouco descontrolada.

"awwwnnn, que fofo! que perninhas gordas! olha as dobrinhas! ele riu pra mim! ele riu! você viu? ele riu pra mim! ahhh, tá mordendo a mãozinha. ahhh, a mãozinha tá toda babada. ahhh, o sapatinho caiu. ahhh, olha a boquinha! olha esse nariz! ai, que fooofo! tá apertando o próprio pé!"

Não conseguia parar de olhar pro bebê. Queria pegar o bebê. Queria apertar o bebê. Queria jogar o bebê pra cima. Morder o bebê.

Depois comprei base e rímel e experimentei outra vez a sensação de euforia. Mas, assim, a ficar eufórica com maquiagem eu já estou acostumada. Já com bebês...

Não tenho um bebê gorducho, mas tenho um rímel que me faz feliz...

E quando a pessoa pergunta quanto custou alguma coisa que eu tô usando? Eu fico sem graça de dizer. Sorrio.

Mas a pessoa insiste. Chuta um preço. Eu sorrio. A pessoa pergunta se custou mais. Eu balanço a cabeça pra dizer que sim, e viro pro lado pra puxar outro assunto. A pessoa pergunta quanto mais. Eu fico sem graça. A pessoa chuta outro valor. Mais? Mais? Mais do que isso?

E se faz de chocada. Termina me informando que não nunca pagaria isso tudo, não vale.

Faço o quê? Agradeço pela avaliação grátis?
...
Quando eu mudei de emprego, uma pessoa me perguntou quanto eu ganhava no meu emprego anterior. Pra saber se eu ganhava mais ou menos do que ela.

Por onde a explicação deve começar?

Será mesmo que num ônibus cheio, eu sou a única pessoa se controlando pra não dizer "senhor, por favor, não cuspa no chão, sim?" As outras pessoas não pareciam se importar. Liam, dormiam, comiam biscoito de polvilho. Só eu me incomodo?

Olha, pra isso eu não acho desculpa. Por mais que ninguém tenha te ensinado a usar todos os talheres existentes, por mais que nunca na sua vida você tenha tido a oportunidade de pousar um guardanapo de linho no colo, por mais que você não saiba em que posição deixar os talheres ao final da refeição. Entendeu? Porque não é etiqueta, não tem a ver com boas maneiras. É só bom senso.

Você cospe na sua casa? Tá lá, deitada na cama, vira pro lado e cospe no chão? Não. Eu duvido, ninguém faz isso. Porque ninguém quer dividir espaço com saliva. Guess what, eu também não quero! Então não cuspa no meu chão, senão a cara feia aparece mesmo e se disser que é de fome vai ouvir que não é, não, é nojo puro.


a minha mãe, coitada, quando tava grávida de 6 meses de mim, escorregou na saliva que alguém tinha deixado no chão. caiu e quebrou a perna. meus problemas vêm daí...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Você sabe que assiste a America's Next Top Model demais quando recebe uma foto sua saindo do mar num e-mail que tem como título "my favourite bond girl" e, apesar da vibe 60's do biquíni preto, você não pensa Ursula Andress.

Na hora, você pensa "cara, olha as minhas mãos! por que eu não coordeno o movimento das mãos com o movimento do corpo?"

Por que pessoas participando de um processo seletivo de emprego vão vestidas com trapos? Será que é pra provocar pena? Elas acham que alguém vai pensar "ahhh, tadinha! veio de sandália Ipanema, toma aqui um emprego pra comprar um sapato de verdade"? Será que é isso?

Se for, olha, acho que não funciona.
...
Aí a pessoa revela que fez uma pós em Berkeley. E eu fico morrendo de vontade de perguntar "ahh, e você gastou todo o seu dinheiro com a pós e não sobrou nem um centavinho pra comprar uma roupa legal?"

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

-O tio Fulano tá morando por aqui?
-Não, tá ficando na minha avó.
-Hoje ele tava caminhando com a minha tia.
-Então, ele tá ficando lá na minha avó.
-Por quê?
-Ah, porque ele arrumou uma amante, saiu de casa e tava num hotel. Deve estar sem dinheiro pro hotel, né?
-Mas por que ele não vai morar com a amante?
-Hahahaha, certeza que ela não quer, né?
-Que velho idiota.
-É homem. A grande maioria consegue atingir esse grau de idiotice mesmo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Minha vizinha vai casar. Aquela que construiu um puxadinho. Essa é a parte em que a Cela ri e diz "puxadinho, sei." Mas não importa o que ela diga, se alguém constrói uma casa na propriedade dos pais, eu acho que isso caracteriza um puxadinho. O que define é isso, construiu no quintal, puxadinho é. Mesmo que o quintal seja um campinho de futebol e o puxadinho em questão seja uma casa bem bonita, com uma das portas de entrada mais lindas que eu já vi na vida. Vamos ser honestos, isso é baixada fluminense, o nome que você procura é pu-xa-di-nho.

Mas o que eu ia falar é que ela vai casar e os pais compraram um papagaio. Que grita o tempo todo, por falar nisso. Que imita cachorro e gente chorando. Um papagaio.

E eu mal posso esperar pra ver que bicho a minha mãe vai arrumar no dia em que eu sair de casa.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Depois de falar "bom, então agora você só fala com o meu advogado, tá?" rola falar "e vá pra putaquetepariu, seu trambiqueiro do inferno?"

Acho que não, né? Bom, pelo menos eu não falei. Mas devia ter falado.

Cansei de ser boazinha.
...
Quando o motorista do ônibus freou muito forte, eu quase caí e a minha sandália ARREBENTOU, por um minuto eu pensei em não falar nada. Coitado, trabalhando nesse calor, sem ar condicionado, que emprego ruim. Mas depois logo pensei, tomarnocu, eu também tenho que trabalhar no calor, ok, com ar condicionado, mas com ADOLESCENTES, acho que eu também sofro e não faço meu trabalho errado só porque não tô a fim de trabalhar ou porque eu ganho pouco. Então reclamei mesmo, pela primeira vez. Porque, olha, minha sandália arrebentou. Se eu tivesse me machucado, eu ia direto na empresa e não se freia assim e discursinho.

E quando eu tava saindo, ele falou pra uma passageira "patricinha..." Cara, patricinha, não. Nem se usa mais essa palavra, se toca.

Foi aí que o gene que eu herdei da minha mãe (eu sabia que tinha herdado, eu sabia!) se manifestou e eu falei "patricinha nada. quem tá errado é você, vai tomar no cu."

Valeu mais do que três chicabons.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

agora é bombom!

Vamos celebrar a estupidez humana* o Chicabon.Mais um dia comemorando os 65 anos. Ou um pedido de desculpas de alguém que pegou meus DVDs sem pedir. Tem um monte no freezer. Será que se amanhã pegarem os meus livros, ganho um Tablito? O que eu preciso perder pra ganhar Häagen-Dazs Pralinés & Cream?


*você também não pensa "a estupidez humana" sempre que ouve alguém dizer "vamos celebrar"? comigo acontece sempre. e é uma das músicas de que eu menos gosto no mundo. inteiro. acho tão pretensiosa... mas isso não me impede de pensar na continuação do verso em toda e qualquer situação eu quero tudo pra cima. pra cima. droga, aconteceu de novo!

Porque você sabe que um dos objetivos de vida da minha mãe é fazer com que todas as pessoas do mundo prestem alguma prova de concurso público e vivam de regalias. Desde semana passada ela não conseguiu passar mais do que duas horas sem me dizer que ficaria 6 dias direto em casa, por causa dos dois feriados, o de quinta e o de hoje. Enquanto eu tive que trabalhar no sábado e ontem.

Hoje eu acordei e ela não tava em casa. Pensei que tivesse ido ao supermercado, porque o outro objetivo de vida da minha mãe é passar todo o tempo livre dela empurrando um carrinho e ligando para os outros membros da família pra perguntar "quer alguma coisa do mercado?"

Mas meu pai me contou que no Fantástico, sei lá, passou uma matéria falando que os servidores públicos trabalham muito pouco, sei lá, e aí ontem ligaram aqui pra casa e disseram que era pra trabalhar hoje.

Agora mesmo é que não tem o que me convença a prestar um concurso. Imagina trabalhar num lugar onde o seu superior é influenciado pelo Fantástico. Cruzes.

E, hahahahahahahahahahahaha, mãe. Vou rir durante 6 dias.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sonhei que ia ao açougue comprar carne moída pra minha mãe. Mas minha mãe não compra a carne já moída, então eu tinha que pedir a carne, pedir pro açougueiro moer e pedir pra ele moer mais uma vez.

Quando eu chegava lá, tinha um boi preto amarrado do outro lado do balcão. Um menininho tava com um martelo na mão e ia matar o boi ali. Ele começou, mas batia muito fraco. O boi abaixava a cabeça, ele não olhou pra mim. Eu pensei "meudeus, esse menino vai demorar horas pra matar o boi. eu vou ficar aqui e ver esse horror. não posso ficar aqui." E saía chorando do açougue. Depois eu voltava, "já matou?", "não, ainda não." E eu ficava na porta, sem saber se esperava lá dentro, lá fora ou se ia pra casa sem a carne.

Depois eu sonhei que tinha mais duas cachorras aqui em casa. Uma menor e uma maior do que a Hannah. Só me vi brincando com a menor. Hannah morrendo de ciúme.

domingo, 18 de novembro de 2007

Se alguém me contasse, alguns meses atrás que um dos meus programas preferidos seria sair pra sambar. Hahaha, eu ia morrer de rir. Mas agora eu vou, mesmo tendo trabalhado em pé e falando durante seis horas. Só professor entende como professor se desgasta. Ninguém me leva a sério. "mas foram só seis horas. tem quem trabalhe 12 por dia." Ok, mas sentadinhos, de boca fechada, sem interrupções de pensamento, sem interação social. Mas não vou ficar explicando. Só dizer que no final do dia eu tô esgotada num nível que não consigo descrever. Chego e fico sentada olhando pra tevê durante uma hora, sem conseguir me mover, nem falar, nem pensar.

E se alguém me contasse que algum dia eu sentiria vontade de pular no pescoço daquela gente que fica parada conversando no meio da pista, nunca que eu acreditava. Essa semana na análise a pergunta era o que me irritava. Eu fiquei meio sem saber o que me irrita. Porque é basicamente ter a obrigação de trabalhar e gente sem assunto que acha que tem assunto. Porque não ter assunto, ok, fica na sua. Mas, não. O povo não tem assunto, mas acha que tem. E toma você ficar 53 minutos ouvindo aquela história de quando o carro da frente não deu seta, mas acabou virando a esquina. É duro. Enfim, me irritam as pessoas que param pra conversar no meio da pista. Infelizes, vão pra porta do banheiro, vão pro bar, vão sentar no banquinho. Qualquer coisa, mas fiquem longe da pista!

Não dá pra dizer também o quando eu odeio gente que dança com o cigarro aceso e pra baixo. É um ódio sem limites. E quando o cigarro encosta na minha mão, as formas de matar uma pessoa que estão armazenadas aqui em algum lugar obscuro, todas elas aparecem. E todas são tão cruéis. Eu gasto dinheiro com essa pele, por favor, não estraguem o investimento!
...
Meu esmalte tá lindo essa semana. Malícia, da Risqué + Atração Fatal, da linha Verniz & Cor da Colorama. Vemeeelho. Toda semana eu acho que descobri o tom de vermelho ideal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O tema do Happy Hour de hoje é Ex é pra sempre? Uma vez me disseram que sim, não tem nada que apague aquela manchinha no seu passado. Ou manchona, ha.

Enfim, vou contar uma história de ex. Não vou dizer de quem é o ex, porque eu sou essa pessoa elegante e tal. Então, oficialmente, é só uma história de ex.

O ex terminou. Mas a ex era tão ingênua e quis tentar uma amizade. Eu não quero defender a ex nem nada, mas vou ter que dizer que é uma pessoa de coração muito puro, que acreditou que dali restaria pelo menos carinho ou o retorno pacífico de um DVD que estava com ele.

Aí, um dia a ex contou que estava planejando uma viagem com as amigas. O ex, não se sabe até hoje por que, comprou passagens para o mesmo lugar, pra uma semana antes de quando a ex disse que iria. A ex não foi, né?

Mas o ex foi, ele foi de verdade e ainda pagando mais barato do que a ex pagaria.

E o ex voltou. E nunca mais falou com a ex. Nunca mais mesmo. Porque, nossa, quantos motivos ele tinha pra cortar os laços, né? Deve ter ficado ofendido por... não sei, mas talvez a vida seguindo em diante seja mesmo ofensiva pra algumas pessoas.

Mas ele não voltou só! Não! O ex voltou com os chocolates preferidos da ex. Aquela marca que ela apresentou a ele. E se não fosse por isso, vamos ser sinceros aqui, ele estaria até hoje comendo Charge. Bom, aí ele trouxe os chocolates preferidos da ex. E deu pras amiguinhas de quem a ex tinha ciúme. Porque a ex era meio maluca, né? Não tinha por que ter ciúme de alguém. E o ex fazer uma viagem internacional e voltar com chocolates pra pessoa que deixava a ex com ciúme só prova que ela não tinha motivos pra ter ciúme. Né?

Então, é uma história de ex. Uma de muitas.

Quando eu vejo alguém com uma roupa desse tipo, minha pergunta sempre é: tá com frio ou tá com calor?
Porque eu não consigo entender!
Roupa de um ombro só, ok, não vejo problema. Mas uma manga inteira e o outro braço pelado? Como é possível? Tá com frio em um braço e no outro tá com calor?
Vestido curto de veludo com mangas compridas. Mas tá com frio ou tá com calor?

Acaba com o meu dia, porque eu fico o tempo todo tentando entender o que a pessoa está sentindo e qual era o objetivo quando escolheu aquela roupa.

Porque não adianta usar uma roupa que você ache bonita (o que não é o caso da foto), tem que fazer sentido também. Por favorrr.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Assistindo à novela com a minha mãe. Naquela cena em que os policiais estão se preparando para avançar sobre os estudantes revoltados, a minha mãe diz:

-Olha que trabalho legal!
-O quê? Ser ator?
-Não, ser policial de tropa de choque.
-Quê, mãe?
-Olha lá, ficam batendo no escudo. Tum-tum. Tum-tum. Todo mundo fica com medo!
-Mas, mãe...
-Ah, eu queria ser policial. Mas só desse tipo aí. Pra ficar batendo no escudo, de capacete. Tum-tum. Tum-tum.
-Mãe...
-Todo mundo ia morrer de medo e fugir de mim!
-...
-E eu ia sair batendo em todo mundo com o meu cacetete! Vem aqui, vou te pegar!
...
Você pode não acreditar, mas eu e meu irmão nunca apanhamos de verdade na vida. Nunca, nunca uma surra de cacetete.
...
Mas, e eu acho que já contei aqui, que minha mãe tinha uma estratégia sensacional na hora de brigar com o meu irmão. Se ele fazia alguma coisa errada e saía correndo, ela falava:
-Vem aqui! Vem aqui pra eu te bater! Eu não vou correr atrás de você. Vem aqui pra apanhar.

E ele ia.
Tá?

Vocação pra policial de choque é pouco.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

-Eu acho que vou marcar com o acupunturista mesmo, porque minha coluna tá me incomodando.
-Isso, Renata. Acupuntura é ótimo. Você pode fazer pra estresse também... é capaz de você até deixar de ser tão mal humorada.
...
E aí foi que eu não entendi, que tipo de pessoa escolhe deixar de ser mal humorada? Por que eu faria isso? Por que alguém abriria mão do mau humor?

Está na lista das coisas que eu não consigo entender...

Se tem uma coisa que eu não entendo, bem, tem várias coisas que eu não entendo, muitas mesmo. E uma delas é por que algumas pessoas gostem que o resto do mundo imagine como elas fazem sexo.

A imagem mental logo se forma, é inevitável. Tudo porque cliquei no link com alguém passando informação demais. Dispenso.

Sonhei que era a Katie Holmes e o Tom Cruise e eu estávamos presos num navio com uma outra família. A Suri não estava lá.

Ficamos dias no barco, dias, até que eu falei "Tom, não agüento mais. Preciso ir lá na Louis Vuitton comprar alguma coisa." e nós resolvemos fugir do barco. Eu não sei direito porque nós estávamos presos lá nem nada.

Na hora de sair, o Tom Cruise resolveu que queria fazer o papel do Super-Homem num novo filme. E um outro cara disse que era impossível, que pra ser o Super-Homem tinha que ser alto, ter pelo menos 1,80 m. E disse "tem que ter passado por alguma experiência envolvendo kryptonita.", ao que o Tom Cruise respondeu "e quem disse que eu não passei?"

domingo, 11 de novembro de 2007

Eu já acho casamento um evento bem dispensável pra sociedade e tal. É sempre o mesmo vestido, a mesma decoração, os mesmos docinhos. Não tenho muita paciência. Mas como era a oportunidade ideal pra usar pela primeira vez o sapato que eu comprei há 1 ano e meio, pensei em ir.

Só que não dá, fico irritada só de pensar na caretice. Eu já consigo visualizar as toalhas de mesa e tudo. E toalha de mesa de casamento me irrita.

-Tata, já tá pronta? Quer que seu pai vá te buscar?
-Quem comeu minhas panquecas de palmito???
-Seu pai. Quer que ele vá aí te buscar?
-Ainda não.
...
-Mãe, como é que tá aí? Já casaram?
-Tão casando.
-Tá.
...
-Mãe, já casaram?
-Já, a cerimônia acabou agora.
-Ah, agora fica muito feio eu chegar, né? Parece que eu cheguei só pra comer e não pra celebrar o amor do casal.
-Não, vem pra cá.
...
-Mãe?
-Oi.
-Só tem gente feia aí, né?
-Ai, Renata, se arruma e vem logo.
-Só tem gente feia aí que eu sei.
...
-Mãe?
-Renata, já tá pronta? Seu pai vai te buscar.
-Ah, não vou mais não.
-Por quê?
-Porque tá tarde e porque só tem gente chata aí.
-Ah, Renata... aqui tá... bom...
-Não quero ir.
-Ah, Renaaata...
...
-Renata?
-Oi, mãe.
-Vem pra cá, por favor! Só tem gente chata aqui, não agüento! Vem pra cá!
...
Mas nem posso ir. Porque não achei minhas presilhas douradas.

sábado, 10 de novembro de 2007

Ela voltou!!!

Como diria a Angélica: me sinto plena.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Quando você é filho da minha mãe, aprende a estar preparado pra tudo. Meu irmão avisou que ia consertar uma tomada:

-Fica de olho e com um cabo de vassoura por perto. Se você perceber que eu tô tomando choque, me empurra com a vassoura!

Eu conheço a pessoa há pouco tempo. Tem um cabelo lindo. Lindo de verdade. Tem brilho, tem balanço, tem volume na medida certa. Aí a pessoa resolveu confessar que aquele cabelo não era naturalmente liso.

-Meu cabelo é muito cacheado. Isso aqui é formol, muito formol.
-É mesmo?
-E deus. Deus que ajuda pra ele ficar assim.
-Mas, fulana, se deus quisesse que você tivesse cabelo liso, acho que você teria nascido assim, né? Pra que ele faria você ter que passar formol na cabeça?
-É deus.

E formol.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A aula de localizada tinha acabado e as pessoas estavam combinando estratégias pra resistir às rabanadas. Eu disse:
-Ah, nem me fala. Ontem eu comi meio chocottone.

Olharam pra mim e fizeram "Ohhh!!"
...
Mas era um pequeno, daquele de 400 g!
...
Aliás, as aulas têm ficado super vazias. Eu tava sem ir há muito tempo, mas depois que a academia me ligou pra perguntar por que eu não estava indo, tomei vergonha. Mas poucas pessoas têm ido pra aula de localizada. Não merecem usar shortinho pra pular ondas no reveillon!

Meu dia já estava sendo bom com a compra de mais dois pincéis para sombra e panquequinhas de palmito no almoço. Com panquequinhas de chocolate planejadas para o lanche da tarde.

Aí a campainha tocou, a Hannah latiu e era o carteiro. Que me trouxe presentinhos e cartinhas que eu não sabia que vinham.

E o melhor: um dos presentes é tamanho pequeno. Dei um pulinho de felicidade. Tem coisa pior do que ganhar alguma coisa de um tamanho que sobra em você e ficar pensando que a pessoa te acha gorda?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Acho legal ligar pra cobrar o que me devem, hein? Acho gostoso, é o que eu mais gosto de fazer. Já acordo pensando "uhh, delícia. hoje tenho que cobrar dívida!" Então eu ligo, penso num parcelamento, facilito a vida de quem não facilita a minha.

-Renata, você está sendo tão boazinha comigo.
-E você está sendo um belo de um filhodaputa comigo.

Ah, mas só pensei. De verdade mesmo eu falei "pois é."
...
Cara, eu tenho um cartão de crédito pra sustentar, entenda.

Eu sei que os fios brancos estão chegando e se instalando na minha cabeça. Mas dispenso o aviso.

Vou quebrar o dedo do próximo que me apontar um.

Que abuso.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

without a trace

Então eu comprei essa bolsa preta. Que pode ser usada com basicamente tudo que eu tenho. Quase todas as roupas e sapatos. E no sábado eu queria a minha bolsa. Porque mesmo depois de ter trabalhado durante 7 horas e passado a maior parte desse tempo em pé, eu achei que tinha que sair e beber a ponto de todos no bar ficarem sabendo das minhas intimidades e tal.

Mas e a bolsa? Onde estava a bolsa preta que pode ser usada com basicamente tudo que eu tenho? A bolsa tinha desaparecido. Não estava onde deveria estar: no cabide de bolsas que quebrou por excesso de peso. Não estava na mala azul, que eu tinha usado pra ir pra casa da Cintia. Onde estava a minha bolsa?

A bolsa, acredita-se, está perdida em algum lugar da sala, que está sendo ocupada pelos meus pais, enquanto o quarto deles é pintado. Em algum canto, atrás de 76 gavetas e 324 sacos de roupas e sapatos.

Depois de concluírem que era impossível remover as toneladas de roupas e móveis desmontados e procurar a bolsa, deram as buscas por encerradas. A bolsa não foi encontrada e tive que trocar meus sapatos antes de sair.

E eu fico aqui, sofrendo, sem saber o que está acontecendo com a bolsa que pode ser usada com basicamente tudo que eu tenho. Pode estar esmagada embaixo de oito gavetas. Pode estar cheia de poeira. Pode estar em contato com algum bicho medonho escondido num canto.

Eu tenho fé. Só que não adianta, porque ela remove montanhas, mas não gavetas. Mesmo assim, tenho fé que até o fim desta semana nós nos vemos de novo. Espero que ela saiba que aqui, no quarto laranja, tem um vestidinho preto esperando ansioso pra dar umas voltas por aí.

Chegando em casa com mais três vestidos, eu fico feliz por me aproximar de um dos meus objetivos de vida: ser uma menina que usa vestidos.

Mas a cada vestido que eu compro, fico cada vez mais longe de outro objetivo de vida: ser rrrica.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Das coisas que eu tenho que ouvir minha mãe dizer:
-Eu tenho que parar de fazer as vontades do Rafael.

Puxa, na hora certa, já que ele tem apenas 21 anos...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Eu tomei essas fotos da Luiza Brunet como uma ofensa pessoal. Ela saiu com essa barriguinha reta só pra me afrontar.

Eu vi isso no site da TPM e, cara, quero mais do que tudo um chá de vidente!

Por e-mail eu fico sabendo da dúvida entre ir à ópera ou ao show do The Police. E me pergunta o que eu vou fazer no fim-de-semana.

Estrago a festa e lembro que a vida de quem não está dando uma volta ao mundo envolve trabalhar num sábado? E que a coisa mais interessante que eu tenho feito é competir comigo mesma pra ver quantos Chicabons por dia eu sou capaz de consumir?


afinal, alguém tem que comemorar os 65 anos do chicabon, né? além disso, podia ser pior. eu podia estar fazendo a mesma coisa com cornettos...

Quando a Hannah vai pra praia com meus pais, ela vai pegar siri com meu pai. Toda vez que um siri escapa, ela corre atrás latindo.

Ela odeia a dama de companhia da minha avó. Mas odeia-odeia. É só falar "Hannah, a C. vem aí!" pra ela começar a latir. Não tem motivo, a C. nunca ficou sozinha com ela, não pode ter feito nada. Mas Hannah odeia.

A gente fala "corre aqui!" e faz alguém vir lá do outro lado da casa só pra ver a Hannah dormindo de um jeito bonitinho. Ela deita de um jeito tão fofinho, que vale mesmo a pena levantar da cama pra ver.

Outro dia teve uma criança aqui, passou o dia brincando com a Hannah lá no terraço. Minha mãe desceu com ele pra pegar alguma coisa aqui no apartamento e passou pelo meu quarto:
-Essa que é a irmã da Hannah.
-Ah.
-Ela parece com a Hannah?
-Paece.

Toda hora tem alguém perguntando pra ela "Hannah, você tá rindo de quê? Qual é a graça da sua vida?"

A graça somos nós, eu desconfio.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Minha tia fez uma besteira no cabelo dela. Olha, tragédia anunciada. Sem querer bancar a chata, mas desde que ela inventou essa história de fazer um curso de alisamento que durou 1 dia e começou a alisar o cabelo dela e o da minha prima, eu sabia que não ia dar certo. Eu não disse que não ia dar certo, mas eu recusei todas as ofertas pra alisar meu cabelo, não recusei?. O que foi mais do que uma pista, né? Se eu não deixei tocar no meu cabelo, eu não podia estar achando que o resultado seria bom. Eu não estava apenas protegendo o meu cabelo. Eu estava enviando uma mensagem!

Enfim, o cabelo ficou destruído. E ela foi a uma cabeleireira de verdade cortar. O corte, repicado, evidenciou ainda mais o estado (de destruição total) do cabelo.

Pra sair do salão, ela prendeu o cabelo:
-Se eu sair com o cabelo solto, imagina o que vão dizer do seu salão. Vão achar que a culpa é sua!

Porque já basta destruir o próprio cabelo, não é preciso também destruir a carreira de alguém.

Eu já disse aqui que não sei mentir.

Não sabia.

Ontem tinha um compromisso. Eu precisava desmarcar pra ir a outro compromisso, que foi marcado depois, mas que no final podia ser mais importante do que o primeiro. Depois de conversar com minha conselheira, resolvi ir ao segundo compromisso.

Mas o primeiro compromisso não podia ser desmarcado assim, tipo deixa pra amanhã. Eu precisava de um bom motivo. Então contei uma história. Uma história bem triste. Não matei ninguém da minha família nem nada.

Quando, mais tarde, eu apareci no lugar do primeiro compromisso, contei a história de novo. Quase chorando. Uma emoção sem fim. Cheguei a ficar com a voz embargada.

Felizmente uma parte dentro de mim acordou e falou pras outras partes dentro de mim:
-Olha a palhaçada! Tá de palhaçada! Pára com a palhaçada!

E voltei ao normal.
...
Hoje meu olho esquerdo dói. Ai, castigo.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Antes de lidar com as mangas maduras, temos que lidar com a palhaçada que a família inteira faz com as mangas verdes.

É só ir ao quintal da minha avó pra ver mangas com plaquinhas:
"Propriedade da Luciana"
"É da Regina"
"Essa é da Renata!"

O negócio é tão profissional que rola até colocar capinha plástica nos pedaços de papel colados com durex às mangas. Você sabe, pro caso de chover e tal.

Um bando de palhaços.

Preciso me sentir culpada se fui convidada para um casamento e o único motivo que eu tenho pra comparecer é a grande oportunidade que surgiu de finalmente usar meu peep-toe nude?
...
Depois dessa minha mãe nunca mais vai dizer, em tom reprovador: "olha quantos sapatos você tem e nunca usou!"

Porque, como eu sempre disse, a oportunidade chega. Alguém resolve casar pra que você use aquele salto altíssimo...

i don't want no scrub

Sempre quis saber o que um bobão que pára na sua frente e fala "o que é isso, hein?" espera que você faça.

Será que eles esperam ouvir: meudeusss, como vivi até hoje sem esse seu charme irresistível? vamos resolver essa situação a-go-ra!

Eles deviam perceber que isso não é apenas inconveniente e desagradável, mas é ineficiente também. Quando foi que funcionou?

do-do-do-da-do-do

Though you try and tell me that you never loved me,
I know that you did

'Cause you said it and you wrote it down


Assim que acabou, eu não conseguia imaginar que ele não seria mais parte da minha vida. Tinha todos aqueles sentimentos misturados, a raiva, a mágoa, a tristeza, tudo junto, eu nem sabia direito o que era o quê. Olha, tinha até um pouco de pena, porque eu pensava que a pessoa não podia estar certa da idéia. Afinal, quem é que não me quer, não é? Ficava pensando, coitado, tá maluco.
Mas mesmo assim eu não conseguia imaginar minha vida sem aquele pedaço. Eu podia jurar que dali sairia alguma coisa. Que restaria carinho, que a gente construiria uma amizade. Eu acreditava mesmo.

E agora, parece incrível, mas eu mesma não consigo acreditar que nós tivemos qualquer coisa. É como se fosse uma pessoa que eu sei que existe, mas não conheço. É um lugar que eu nem posso visitar, porque eu não sei mais como chegar lá. Eu penso "estive lá? mesmo? impossível."

Tem todas as fotos pra me mostrar "sim, esteve lá e sorriu, olha aqui." Mas não sou eu naquelas fotos. Eu não reconheço ninguém lá. Às vezes eu me pergunto se não deveria ligar, saber como está, essas coisas. Mas aí percebo que depois do "tudo bem com você?" eu não teria mais nada pra dizer. Nada mesmo. E você vai pensar que eu devo ter muitas coisas pra jogar na cara. Tanta coisa que eu engoli a seco, tanta coisa que eu preciso botar pra fora. Mas, não. Não tenho mais.

Sitting in restaurants
Thought we were so grown up

But I know now that we were not the people

That we turned out to be

Chatting on the phone, can't take back those hours

But I won't regret 'cause you can grow flowers

From where that used to be

...
Tenho deixado o meu cabelo crescer e nunca mais tive vontade de cortar.
...
I can be alone
yeah

I can watch a sunset on my own
...
Cara, acabou. De verdade.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

been there, done that

Vendo o perfil do novo namorado da minha prima-bebê-pra-sempre, tá lá: a foto dele numa torcida organizada. Num ônibus de torcida organizada. Com regata de torcida organizada.

Minha vontade é encarnar o didi mocó e avisar: corre que é fria!

Naquela fase boba, de gravar a voz e mandar. Dizendo um poema.

Como as pessoas ficam ridículas.

E como ficar ridícula deixa o coração morninho...

Eu não sei explicar o que é. Mas fico sempre muito feliz quando compro alguma coisa. Preenche o meu vazio interior, né? Dá algum significado para a minha existência insignificante. Vai saber. Só sei que a sensação após uma compra é sempre boa.

Mesmo quando compro só talco e uma escova de dentes nova.

Começo a preparar meu espírito para o verão. Não por causa do calor. Cara, o calor é o de menos. Preciso me preparar por causa das mangas. Se vocês não tem mangueira em casa, não sabem o horror que é ter toneladas e toneladas de mangas e não saber o que fazer com elas.

Minha vó tem mangueiras em casa, tá? Então, primeiro todo mundo come as mangas. Eu, não. Porque as mangas da minha avó têm fiapos. E eu só como manga com garfo e faca, o que é impossível de fazer com aqueles fiapos todos. Eu só tomo o suco. Enfim, quase todo mundo come as mangas. Eles vão comendo, vão comendo, vão comendo. Se liga que minha avó tira mais ou menos umas 30 mangas por dia.

Aí chega a hora em que ninguém agüenta mais comer manga, né? Mas alguma coisa tem que se fazer. Os vizinhos ganham bolsas de mangas, mas elas continuam aparecendo e cada vez mais. Tô falando que dá um desespero. Então se começa a fazer sorvete de manga. Mousse de manga. Doce de manga.

Quando chega no pudim de manga, eu bato o meu pé e digo que não.

Tava entrando no prédio quando fui informada pelo radinho dos pedreiros que satanás está realizando uma grande ação para tirar as pessoas do caminho. Eu não sei direito que caminho, mas acho que deve ser o caminho da luz.

Isso é que é rádio útil. Quem precisa saber as condições do trânsito quando tem todo esse movimento acontecendo underground?

Aliás, rolou uma conversão ali, hein? Porque antes eu chegava e ouvia pagode. Ou sertanejo. Agora ouço informações from hell. Ok, então.

sábado, 27 de outubro de 2007

-Mãe, você era tão-tão-tão nova quando eu nasci. Mãe, você tinha só 24 anos. Como é que você fazia, mãe?
-Ah, eu chorava muito. Por tudo e pra todo mundo. Eu chorava quase tanto quanto você.
...
Enquanto isso minha decisão mais importante da semana foi usar pó com efeito bronzeado no lugar do blush. Ficou lindo, super natural.

Cara, meus alunos tão crescendo e já tem vários com cara de adulto.

Preciso mudar de profissão, não vou suportar um bando de adultos dizendo por aí que tiveram aula comigo. Ainda tô muito nova pra isso, me recuso a aceitar.

Pra que essa pressa em sair da adolescência, gente? Continuem aí com suas espinhas, seus cabelos desgrenhados, seu gosto duvidoso por aqueles tênis de astronauta em camurça. Que pressa é essa?

Eu até aceitaria usar uma bermuda de tactel como se surfista fosse, só pra não ter que pagar a conta do meu cartão este mês...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ah, é. Continuando o assunto: a dona do albergue onde ele ficou na primeira vez que esteve no Rio disse que recebeu um francês que tinha um livrinho de frases com a seguinte frase-para-seduzir: "sou francês, mas sou limpinho."

Diz que a pessoa repetia a frase pra toda mulher que via. E elas adoravam. Chamavam as amigas e tudo, pediam pra ele repetir.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Meu plano era muito diferente disso. Meu plano até abril era bem simples. E bem chato. Eu tava morrendo de tédio naquele plano, mas resolvi continuar com ele. Ah, já que estamos aqui mesmo, já que esse plano tem tanto tempo, o que é que custa continuar com o plano? Até que o plano não quis mais. Tava chato pro plano também. O plano foi meio grosso e cruel, poderia ter lidado melhor com a situação, mas, ok. Eu não servia mais pro plano e o plano não servia mais pra mim.

Então eu arrumei outro plano. E desse plano eu tava gostando bastante. O plano envolvia caipirinhas todo fim-de-semana. Quem é que não gostaria desse plano? O plano tava divertido, o plano tava legal, mas o plano tropeçou pelo caminho.

E eu achei que, olha, talvez eu não precise de plano nenhum. Talvez seja melhor me jogar sem plano mesmo. Quem é que precisa de plano? Vamos embora enquanto tá legal. Vamos pra praia aproveitar o sol. Vamos pro parque procurar flores coloridas. Vamos pra churrascaria comer apenas sushis vegetarianos.

Mas, né? Planos existem por um motivo (você também não adora traduções de frases feitas? eu amo).

E talvez eu precise, sim, de um plano. Porque eu tenho essa mania de fazer sentido. E planos.

Ele não sabia que dizem que franceses não gostam de tomar banho. Eu não tinha falado nada, porque percebi que ele toma banho, usa desodorante e eu vi que na mala tinha até hidratante. Mas no almoço aqui em casa alguém falou alguma coisa e ele ficou chocado.

Passou a perguntar pra todo mundo se a pessoa sabia dessa história. Todo mundo ria e dizia que sim. O professor de cavaquinho, que não fala Inglês nem Francês, respondeu por gestos que, sim, ele também achava que franceses eram fedidos.

Ele não se conforma até hoje. "E nós adoramos brasileiros! Por que vocês falam isso da gente?"

Foi mal aí. Acho que o clima resolveu imitar meu humor esta semana.
...
Aliás, meu humor melhorou só em pensar que se continuar chovendo assim e a rua continuar parecendo um rio, vou ter que ligar pro trabalho e dizer que não tenho como sair de casa.

Né? Porque nem só de telefonemas e e-mails fofos a pessoa vive. Tem que ter uma folga de vez em quando também...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Como eu só trabalhei à tarde até hoje na minha vida, sempre me perguntei o que aconteceria se eu tomasse uma cerveja no almoço e fosse trabalhar.

Eu acho que as aulas seriam muito mais interessantes. Mas essa não parece ser a opinião das pessoas com quem eu já discuti essa possibilidade.

Com o cheiro de verniz que tá tomando conta da casa, acho que eu não vou precisar de álcool pra tornar as minhas aulas mais interessantes hoje.

Eu posso ouvir minha mãe repetindo aqui dentro da minha cabeça "é castigo. é castigo. é castigo."

No começo do ano, eu reclamei da cor que meu vizinho tinha escolhido pra pintar a casa dele. Era de uma delicadeza sem tamanho:
Passei alguns meses sem abrir a cortina, com medo de ficar cega. Te juro, quando eu abria a cortina de manhã e o sol tava batendo na casa, eu não enxergava nada. Felizmente, a tinta desbotou e hoje eu posso abrir a cortina com segurança, sabendo que vou continuar enxergando. Com astigmatismo, ok, mas ainda assim enxergando.

Então eu tinha que escolher a cor do meu quarto. Eu não sei se foi porque eu tava de muito mau humor naquele dia, ou se porque tava atrasada pra fazer alguma coisa. O fato é que eu resolvi não mandar fazer a cor e só escolher uma cor qualquer no catálogo mesmo.

É possível que o laranja tenha entrado na minha mente pra nunca mais sair, porque foi a cor que eu escolhi. "Mas um laranja claro", eu repeti milhões de vezes. Escolhi um laranja bem clarinho. A cor era ainda mais clara do que parece no computador. Eu escolhi o laranja mais claro do catálogo, porque sei que na lata a tinta é sempre mais escura. Mas, assim, um ou dois tons, né?
Por algum motivo desconhecido, ninguém quis conferir a tinta nem nada. Eu saí no sábado e quando cheguei em casa ontem só se falava na cor da tinta. Que é, veja bem, esta aqui:
Felizmente, na minha família as pessoas são um pouco mais equilibradas do que parecem ser, então todos concordaram que com aquela cor não ia rolar. Eu não conseguiria fechar os olhos. E resolveram corrigir misturando tintas.

Muito difícil pra você, Suvinil?

Quer dizer, melhor eu parar de falar mal agora da vizinha que tem uma tv de plasma tão grande que precisa ser içada por um guindaste pra entrar em casa, mas veste as filhas com trapinhos sujos. Porque se um dia eu resolver ter filhos...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Não é um privilégio canino. Outro dia eu ouvi "dá pra ver que você tá feliz, porque seus olhos sorriem."

E eu achando que só dava pra perceber quando eu perdia o fôlego de tanto rir depois de quatro chopps...

Vi o site no Favoritos:

Antes e depois de cãezinhos adotados

Além da diferença física, também dá pra ver uma diferença nos olhos deles. Vê como os olhos deles sorriem nas fotos tiradas depois da adoção.

-Você demorou!
-Eu sei, mãe, desculpa.
-Mas você demorou!
-Eu sei. Vim direto da terapia.
-Ah, tá. E tava mais maluca hoje, precisou ficar mais tempo?
...
-Ontem eu mal conseguia levantar meu braço doente.
-Ah, você tem um braço doente, mãe?
-Tenho. Tão doente que eu não posso nem ir ao médico, senão ele vai querer operar.
...
-Não te vi chegar. Que cara é essa? Bebeu muito?
-Mãããe, eu não bebi. Essa é a minha cara quando eu não bebo.
-Nossa. Tá mal.
...
O que eu posso falar? Demorei mais de 20 horas pra nascer.

Eu acho difícil que exista no mundo uma mãe capaz de criar filhos mais fresquinhos e chatinhos do que meu irmão e eu.

Quando eu me pego dando chiliquinho tipo "eu já falei que o meu toddy fica à direita do nescau do rafael! é assim que eu gosto!", olha, quero dar na minha cara.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Meu quarto novo:Gostou? Curtiu? Acha legal dormir na sala com todas as suas coisas fora do lugar enquanto seu quarto é pintado? Eu tô achando o máximo. Tô feliz. Tô numa nice, como diz a minha mãe, que parou nos anos 80 e de lá se recusa a sair, pretendendo ser uma versão feminina do Evandro Mesquita.

Gosto especialmente quando as pessoas passam pelo meu quarto novo e fazem comentários sobre a música que eu tô ouvindo.

É sempre: "Mas essa pessoa tá cantando ou pedindo socorro?"

Acho que esses dias aqui serão muito relaxantes e muito bons para a minha saúde mental.

Quem mexeu no meu queijo?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A receita do bolo é uma coisa tão simples que eu nem chamo de receita:
O bolo eu faço assim. Dessa vez, como ia fazer a cobertura, fiz o bolo sem açúcar. Às vezes troco o leite por 1 copinho de iogurte natural (sem amornar).

Pra cobertura você mistura 1 lata de leite condensado, 1 lata de creme de leite e umas 4 colheres de chocolate em pó.

Bate o bolo normalmente, unta e enfarinha a forma, despeja a massa. Aí você começa a colocar a cobertura às colheradas. Você vai ver que a cobertura vai toda pro fundo, é assim mesmo.

Leva pra assar por uns 40 minutos (depende do seu forno, né?). Quando retirar, o fundo do bolo vai ser de brigadeiro.

Você pode esperar esfriar e desenformar (pro brigadeiro ficar por cima), ou fazer como eu e comer quente mesmo, com o bolo todo desmontando.

Eu sei que não é meu sol em aquário, sei que não é minha lua em escorpião. Será que essa coisa de me preocupar com antecedência, de morrer de medo, de pensar em todas as maneiras como alguma coisa pode dar errado vem do meu ascendente em câncer?

Ou será que vem de ser filha da minha mãe?

Minha mãe sempre teve essa coisa com ano novo. "O que você faz na noite de ano novo vai se repetir no próximo ano."

Uma vez, era ano novo e eu não queria pentear o cabelo. Minha mãe ficou repetindo essa história. "Olha, você vai ficar descabelada o ano todo. Você vai passar o ano sem conseguir desembaraçar esse cabelo!"

Eu resisti, passei o ano novo toda despenteada. Mas morrendo de medo do que ia acontecer com meu cabelo em 1994.

Minha mãe, como sempre, me apavorando.

O mais engraçado é que eu não tive medo que a calça jeans color LARANJA que eu tava usando se repetisse na minha vida durante um ano. Hoje, se me mandassem escolher entre passar um ano despenteada e um ano de calça laranja, eu escolho viver sem um pente numa boa.

Acho que já ficou provado que eu consigo manter uma relação afetiva com qualquer tipo de pessoa. Qualquer tipo. Gente, me dá qualquer pessoa que I make it work por anos! Eu sacrifico a minha sanidade mental, mas todo mundo vai achar muito lindo o relacionamento e todo mundo vai ficar chocado quando acabar e vão me dizer coisas como "não vejo você sem ele." Porque, né? Além do dom de manter uma relação afetiva com qualquer tipo de pessoa, também possuo o dom de encontrar as pessoas mais fofas, as que fazem os comentários mais gentis.

Mas, voltando ao tema: assim, começo a duvidar de minha capacidade de manter uma relação afetiva com qualquer pessoa quando a pessoa em questão duvida do poder de um Master Sucos.

-Não existe isso de colocar abacaxi com casca.
-Claro que existe! Você pode colocar qualquer fruta com casca!
-Não pode.
-Pode!
-Eu tenho um. Eu descasco o abacaxi.

Meudeus, todo o potencial de mais uma relação a distância indo por água abaixo. Não há espaço na minha vida pra quem duvida do que um Master Sucos é capaz de fazer.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

E quando a receita diz que serve duas pessoas e você come tudo sozinha?
...
E quando você numa segunda à tarde qualquer resolve fazer um bolo de chocolate que já sai do forno com uma camada de brigadeiro?
...
Vergonha na cara eu compro onde?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mas também, né? e tudo e tal, sempre é bom ter alguém que te ajude a manter os pés no chão. Porque senão eu saio voando, parecendo um balão cheio de hélio.

É preciso ter alguém com os pés na terra me segurando por uma cordinha.

Eu não sei se você tem uma igual, mas se não tiver, dê um jeito de arrumar uma. Porque eu acho que todo mundo precisa de uma tia como a minha.

Pra quem você pode ligar quando tá pensando em fazer alguma coisa que parece maluquice. Só pra ouvir "se você quiser ir, vai. porque a vida é uma só e você é muito nova e ainda pode quebrar a cara muitas vezes."

Não foi à toa que a primeira palavra que eu falei foi titia. Aliás, ela jura que a primeira coisa que eu falei foi "titia elaine, eu te amo", mas nem minha mãe acredita que eu sou tão esperta assim...

Gente, o desespero, o desespero! Usei tanto minha sandália gladiador prateada que parece que ela já tem meses. Vou colocar na caixa e dar pra minha mãe esconder num lugar onde eu não consiga achar. Fiquei viciada na sandália! Rehab já pra mim!

Me bateu aquele medo. E se ela acabar logo? Devo comprar outra e guardar? Devo fazer uma pequena coleção de sandálias gladiador prata? E se eu comprar uma de cada cor? My precious, será que você vai resistir a um verão inteiro? Não consigo mais imaginar minha vida sem ela. Nós pertencemos uma a outra!

Usada com jeans.
Mas com meu vestido balão ficou linda também.

Só trabalho na quarta. À tarde.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

E o melhor foi me perguntarem:
-Mas você não viu a baliza?

Poxa, claro que vi, né? Não tá na cara que o meu objetivo era entrar no carro e bater numa baliza? Não é assim que se estaciona, gente? Sério? Porque foi assim que eu aprendi, hein? Eu jurava que o objetivo era bater no maior número de balizas possível. Não é, não? Ninguém me avisou que eu tinha que desviar da baliza.
...
Agora tenho que ficar uns dias ouvindo os fofos falando:
-Mas é tão fácil!
-Não acredito que você não passou!
-Como você conseguiu ficar reprovada?
-Não pode bater na baliza!
-Tem que contar as voltas do volante.

Porque sempre tem um fofo.
...
Quando eu fui assaltada, uma amiga da minha mãe disse:
-Ah, mas você sentou no banco da janela? Não pode, senão eles te assaltam mesmo!

E, puxa, só então eu percebi que a culpa do assalto era minha! Porque, né? Que audácia sentar na janela! O ladrão tá no direito dele, tá cumprindo seu papel. A culpa é minha, claro!

Dessa vez, não. No melhor estilo Homer Simpson: a culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser.

E eu coloco na baliza, que deu uma corridinha e se jogou em cima do carro. Eu juro que vi. Toda malandra, a baliza.

Então, né? Não passei.

E eu culpo vocês, que não fizeram uma novena pra São Cristóvão. A culpa é toda de vocês, não minha, que bati onde não podia bater. Porque só isso explica eu ter cometido um erro que eu nunca tinha feito antes nos treinos. A incompetência não foi minha, o problema foi a falta de fé de vocês!

Pelo menos as examinadoras foram super fofas. Todo mundo me disse que são grossas, mas comigo elas foram bem fofinhas.

Bom, eu acho que o que pode ter acontecido é que vocês estavam rezando pro santo errado. Pra não ficar nenhuma dúvida, São Cristóvão é este aqui, ó: E é pra ele que vocês tem que fazer promessas!


eu tô sem meu celular aqui, mas F. me disse que eu recebi várias mensagens desejando boa sorte pra prova de hoje. respondo quando pegar o celular. obrigaaada. mas, ó, acho que pra são cristóvão não adianta mandar sms. tem que acender uma velinha mesmo, tá?
...
nem consegui chorar, porque tô com trabalho atrasadíssimo. só vou ter tempo pra chorar daqui a umas 3 horas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007






Eu tenho 24 anos. E esse tempo todo eu sempre fiz o que tinha que fazer. Muitas vezes eu fiquei parada porque tinha muito medo de me mexer e fazer alguma coisa diferente. Até que alguém me deu um empurrão e eu andei, mesmo sem querer andar. Tive que andar. Andei uma distância tão longa, que quando eu olho pra trás nem me reconheço lá, parada e sem respirar. E me pergunto por que eu esperei um empurrão.

Então agora eu ando. E sem esperar que alguém me empurre. E é muito mais legal, mesmo que eu não saiba aonde vai dar. Mesmo que eu ache que não vai dar em nada. É muito mais legal andar porque eu quero e não porque levei um empurrão.

Ainda tem o medo de sempre. Ainda tem a vontade de não fazer nada sem garantias. Mas, felizmente, também tem a pergunta "por que não?" Não tenho resposta.

Por que não?



Há tanto oxigênio que chego a me esquecer
De todo esse tempo que estou sem respirar

Pode acreditar
Eu agora sei voar

segunda-feira, 8 de outubro de 2007


A gente tava saindo pra ir dançar e ele encontrou um conhecido. Ah, he works as a lawyer in London too, but for a different firm. He's the enemy, blá-blá-blá. Quando o tal se afastou, ele disse "você viu? ele geralmente é muito seguro de si, mas quando me viu com você ficou todo sem jeito. porque você é linda."

entãotábomentão, babe.

Cara, e eu nem vou mais reclamar de passar meu sábado num pub vendo rugby e tal.
...
A verdade é que é tudo muito fácil, né? É muito fácil me derreter. Faço awwnn pra tudo.
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Eu finalmente contei que a gente não chama o Floominense de Floomi. É pra chamar de Floo ou de Nense.
-Okay, mas você pode chamar de Floomi. Só que no estádio tem que cantar "Neeeenseee!"
-Não foi isso que eu ouvi no jogo.
-Ah, não? O que você ouviu?
-Ao-ao-ao, segunda divisao!
...
Eu vou é ficar muito mal acostumada quando essa coisinha fofa for embora. E vou virar uma daquelas pessoas malucas em mesa de bar falando:
-Como não ligam no dia seguinte? Eles ligam no dia seguinte simmm, genteee!

E nessa hora eu vou perceber os copos voando na minha direção.

sábado, 6 de outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Passando super rápido só pra dizer que a pessoa tá virando praticamente um carioca. Comprou um cavaquinho. Tá? E foi ao jogo no maracanã - torcer pro Floo, claro! hahaha, único gringo que não vem pra cá e torce pro Flaaamengo - e comprou uma blusa do Floo pra puxar o saco do meu pai no almoço de domingo.

A operação meeting the best friends foi muito bem sucedida. O namorado de Tíntia é um fofo e F. saiu encantado com ela. E com o namorado dela também. Todos se amando. E F. amando a carne seca com aipim que comeu.

Pelo meu e-mail, eu recebo o aviso: Entre os dias 05/10 (hoje) às 23h42 e 23/12 às 23h18, o planeta Marte estará formando um ângulo harmonioso em relação ao planeta Vênus do seu mapa astral, Renata. Este tende a ser um período particularmente positivo para o sexo, o prazer, uma fase em que você provavelmente sentirá que está irradiando um magnetismo pessoal maior, e de fato estará... Convém aproveitar o momento, circular mais, fazer-se ver, exibir-se um pouquinho não faz mal ninguém, afinal de contas.

E minha mãe fazendo cara feia porque eu não tenho dormido em casa. Não dá, mãe, olha o que os astros querem que eu faça, olha só! São os astros, mãe, são os astros!

Aliás, mães são um mistério do universo, né? A gente nunca consegue entender o que elas querem. Se você fica em casa de pijama, elas reclamam que você parece uma velha, está desperdiçando sua vida. Se não pára em casa é aquela coisa de "perdeu o caminho de volta?" Mães, sejam coerentes, por favor!


assim que der eu respondo todos os comentários. beijosss!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Estamos chegando lá: saindo da academia, o professor tudo nessa vida e mais um pouco diz mais do que bom dia:
-Mas já vão?

Como assim? Eu fiquei lá durante 2:30 da minha segunda-feira. Como assim, já vou?
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Hum, pensei agora que ele pode ter dito pensando assim "gente, onde essa garota vai? ela ainda precisa malhar muito! volta pro transport, volta, volta!"
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E na aula de G.A.P.? Do nada a sala ficou lotada com uns homens enormes. Pânico! Eu fiz toda a série de abdominais pensando em como faria os exercícios de glúteos. Porque ficar naquela posição constrangedora com uma fileira de homens atrás, olha, não ia dar, não.

Só voltei a respirar novamente quando todos eles saíram da sala depois da série de abdominais.
Há, parece que não sou só eu quem tem medo de ouvir "quatro apoios!"

E eu chamo o advogado de tio. E ele me fala do filho. "A namorada dele é boazinha. Mas imagina você na família, Renatinha. Imagina se eu fosse seu sogro!" E conta que o filho dele não anda bem com a namorada. Comprou terreno pra construir, mas está adiando a construção. Hum, meu tipo, hein? Meu tipo certinho, tio.
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Ou talvez tenha sido só uma alucinação. Por eu ter batido a cabeça na porta de vidro na hora de entrar na sala de spinning. Entrei com tudo e bati com a cabeça. Oi, essa porta já tava aqui? Quem mandou limpar tão bem?

E isso me lembra que no meu novo trabalho os quadros são de vidro. Toda vez que eu piso na sala, só consigo me perguntar quanto tempo aquele quadro fica inteiro, antes de eu quebrar com uma cabeçada.
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A sandália gladiador tem cara de que vai virar a minha preferida. Mas uma dúvida: é só sair de casa que minhas patas de elefante incham a ponto de eu ficar preocupada e achar que as tiras vão separar meus pés das minhas pernas?

Então, várias coisas acontecendo e tal. Aí eu tenho que ficar dando uma de adulta e resolvendo tudo e acho muito chato. Fico "como assim, falar com um advogado?" O que eu tenho pra falar com advogado, cara? Quer dizer, sexta eu encontrei a Luciana e ela é advogada e nós falamos sobre muitas coisas. Mas nenhuma delas tinha a ver com direito.
E sempre é estranho ver Luciana vestida de adulta e falando "aí, meu estagiário..." Várias vezes tenho que parar a conversa e dizer "mas, como assim, estagiário? você tem 23 anos, você não tem que ter um estagiário!" Mas ela tem. E eu acho uma afronta, porque, se Luciana cresceu, eu também cresci. E sem querer.

Enfim, entre as várias coisas acontecendo tem uma bem legal. Que eu vou buscar no aeroporto amanhã e que vai ficar aqui por mais duas semanas. Pois é, eu também tô me perguntando "mas o que foi que ele viu de tão interessante?" E nunca encontro uma resposta. Mas, enquanto isso, tô me jogando.

Eu não devo atualizar todos os dias nas próximas duas semanas, porque só venho em casa nos dias em que eu trabalho.



Birds singing a song,
old paint is peeling,
this is that fresh
that fresh feeling
...
Try, try to forget,
what's in the past,
tomorrow is here

E hoje finalmente o sol saiu, só pra me deixar usar minha sandália gladiador. Prata.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Estou dolorida, cansada e com sono. E mesmo assim, já pronta pra academia.
Ontem a professora muito má disse que eu posso entrar no Projeto Gostosa 2008. E na terça, eu tava me esquecendo de contar isso, na terça Cela e eu estávamos saindo da academia e o professor que é tudo nessa vida e mais um pouco falou com a gente! Ele abriu a boca e falou com a gente! De verdade! Ele disse "Até amanhã." Eu acho que foi um sinal de aprovação, hein? Quando a mal humorada da musculação falar comigo, bom, aí eu vou saber que a academia tá dando resultado.
...
Tá certo que a professora muito má me deixou entrar no projeto, mas disse que eu sou café-com-leite. Olha, adorei. Há quanto tempo eu não era café-com-leite? Adoro! Alguém avisa que eu quero ser café-com-leite pra tudo, tá? Ninguém mais me perturba, ninguém mais pisa em mim, ninguém mais me dá bolada no estômago. Porque agora eu sou café-com-leite. Vamos com calma comigo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Acontece que um tio terminou o casamento de 30 anos. Tem um mês e pouquinho, acho. E fica todo mundo naquela de querer saber e ligando e, bem, querendo saber e fazendo perguntas. Não é porque a pessoa tava há 30 anos juntos que não tem o direito de terminar, né? Eu tô super equilibrada. O pé é seu e longe de mim querer definir a bunda de quem você pode ou não chutar. Quer terminar o casamento, cara, termina, né?

Ok. Só que enquanto a ex está lá colhendo os caquinhos de 30 anos e amargando a maior dor de cotovelo que ela já deve ter tido na vida, ele está com outra. Ninguém leu isso e ficou surpreso, fala sério. E eu acho assim, ó: se você tem outra, está fazendo sexo e sendo feliz, enquanto a outra pessoa está sofrendo, bom, você já tá errado porque não tem nem dois meses, mas enfim, seja humano e esconda a sua felicidade um pouco. O caso é que ele acabou sendo convidado pra um almoço aqui em casa.

E o que ele fez? O que ele fez? O que ele fez? Uma dica: ele tem um cromossomo Y, então vocês já sabem que o que ele fez não foi bonito.

Ele perguntou:
-Posso levar alguém comigo?

Mas o que é a sorte, né? Porque a pergunta foi feita à minha tia, que deu uma resposta super elegante pra evitar a saia-justa que seria, já que com um mês de separação ninguém sabe se é pra sempre ou não. E vai que o casal de 30 anos volta e nós sempre seremos a casa que recebeu a outra. Ainda bem que ele perguntou pra minha tia, né? Ainda bem.

Porque se fosse comigo:
-Ahhh, traz sim. Traz sim, se você quiser levar 37 facadas no coração, seu típico!

Minha avó odeia pessoas. Não é a avó da escova essa que odeia pessoas. A avó da escova odeia apenas idosos. Cela tava aqui no domingo e pôde ouvir o discurso dela de "odeio velho. odeio papo de velho, só falam de doença. odeio fila de velho no banco. não tenho paciência!" Então, essa avó só odeia idosos. E quando a gente usa a expressão "melhor idade", ela diz "hahahahahaha. melhor idade. melhor pra quem?"
Enfim, quem odeia pessoas em geral é a avó do "vou morrer! vou morrer!"

O médico recomendou que ela, a minha avó que odeia pessoas, caminhasse. Pra evitar encontrar pessoas e ter que interagir com elas, ela começou a caminhar dentro de casa. Da porta da frente à porta dos fundos. Você chega na casa dela e ela tá pra lá e pra cá, pra lá e pra cá.

No dia dos pais, todos sentados à mesa aqui em casa, eu comentei que acho que nunca vou me casar ou ter filhos. Ela disse "isso mesmo. não se case, não tenha filhos. não vale a pena." Com meu pai e minha tia sentados à mesa. A sinceridade, né?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A aula de g.a.p é feita com um professor que tem um talento natural para torturador. Só 30 minutos, mas dá pra chorar, sim.

Ele tava de costas pra mim, eu enganando, com as pernas no chão, só descansando. Gente, ele virou pra trás com uma cara tão feia!
-O espelho tá bem na minha frente, sabia?

Quase levantei, dei três voltas na sala e paguei 50 flexões, só pra pedir perdão. Quase.

Tem as ameaças que ele faz:
-Eu vou largar vocês de mão!

E quando alguém reclama demais, o tom dele muda:
-Ah, vou te incentivar, então. Agora tudo que você fizer tá certo, tá? Isso, amiga, tá ótimo. Não começa a fazer no 1, não, começa no 4. E pára no 8. Isso, relaxa, relaxa, amiga. Um dia você chega lá. Não se esforça não, hein?

Músculos doendo + deboche, adoro.
...
Vou malhar com força as perninhas, porque pretendo usar vestido no fim de semana. Aliás, que maravilha, depois de tanto tempo jogada em casa, é ter uma vida social que te permite usar todas as roupas que você compra descontroladamente.

domingo, 23 de setembro de 2007

Tema do Happy Hour de quinta-feira:
Escolhendo a pessoa errada

Convidados:
- A definir


Gente, tô livre na quinta, tá? Só queria dizer.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Eu adoro esmalte vermelho. Toda vez que passo, penso que devia usar vermelho semana após semana. Mas aí o dia de fazer as unhas chega e eu nunca levo isso adiante, sempre escolho outra cor. E quando volto pro vermelho, é sempre a mesma coisa, esse é meu tom preferido, eu devia usar só esmalte vermelho e tal.

Meu vermelho preferido da semana é Atração Fatal, da linha Verniz & Cor da Colorama.

É o meu tom preferido de vermelho!
Só vou usar esmalte vermelho agora!
E blá-blá-blá...


também passei vermelho, ?

Aqui em casa eu costumo ouvir coisas que não parecem reais. Aquele tipo de coisa que você ouve e pensa "mas, hein? foi uma alucinação auditiva." Aquele tipo de coisa que simplesmente não pode ser verdade. Não pode ser.

Outro dia ouvi o seguinte diálogo entre os meus pais:

Pai: -A Hannah é tão parecida com a Tata com essa idade, né?
Mãe: -O jeito de ser?
Pai: -O jeito também. Mas o rostinho da Hannah é igual ao da Tata quando tinha essa idade.

cara de uma...