quinta-feira, 28 de junho de 2007

-Você tá solteira?
-Tô.
-Solteiríssima?
-Não, só solteira.

Porque, né? A idéia de solteiríssima pra mim envolve umas roupas bem apertadas e cabelo balançando pela noite. Então, não. Tô só solteira mesmo.

Eu tenho uma lista ENORME de coisas a fazer na minha vida, que eu fui deixando pra depois. Tipo pedir meu diploma, que eu nunca pedi. Comprar roupas de pessoa solteira, porque chega de laçarote em roupa, né? Reconhecer firma na declaração que eu recebi na colação de grau. Não, nem isso eu fiz. Procurar um emprego de verdade. Renovar meu passaporte. Pedir renovação de visto. Marcar minhas aulas práticas. Ligar pra escola de dança e perguntar quando começa a próxima turma iniciante de balé. Para adultos. Chorar pro meu pai começar logo a reforma na garagem. Fora as coisas que eu tenho que fazer hoje-hoje, tipo imprimir a revisão do Advanced 2 e corrigir a 2ª chamada do meu aluno fofo do Teens 4. E pagar a conta do cartão.

Mas eu estou aqui, lendo sobre gêmeos siameses. E me perguntando como Hollywood, dos Cranberries foi parar no meio das músicas de She wants revenge.

Quer dizer, tô curtindo a vida.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Tive que tirar as digitais apenas 8 vezes. Toda hora era "não vai embora não. tenho que ver se ficou bom." E a raiva de ver todo mundo tirando as digitais do polegar e do indicador e eu tendo que tirar de todos os dedos. Acho que seria muito mais fácil se colhessem uma amostra de sangue pra deixar meu DNA lá. Porque se eu depender de digitais pra ser identificada, coitada de mim.

Eu acho até que isso era parte do psicotécnico. Acho que eu tenho cara de desequilibrada, a psicóloga não se conformou com o meu resultado e pediu pra outra funcionária me irritar bastante, pra ver se eu jogava uma cadeira na janela. Não joguei e passei. Há.

Pra compensar, quando entrei pra fazer o exame de vista, a médica era uma fofa, super simpática. E ainda disse "ameeei a sua maquiagem! você que fez?"

Viu, funcionários, custa muito ser fofo, custa?

Acabei de ver que não debitaram a conta da televisão por assinatura na fatura do cartão este mês. Vou fazer igual a Guilhermina Guinle na novela. Quando vierem me cobrar, vou dizer "minha querida, o erro foi seu. eu apenas recebi a fatura. não vou pagar nada."

Vai ser chique.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Que aflição que me dá ter que deixar minhas digitais em algum lugar. Porque eu quase não tenho digitais, elas são super fracas. Dependendo da situação da minha dermatite, os dedos ficam lisinhos.

O que eu queria entender é por que as pessoas se irritam com isso. Será que a moça do Detran acha que eu passo algum líquido corrosivo nos meus próprios dedos, só pra ficar sem digitais e dificultar o trabalho dela? Custa muito dar um sorriso? Eu tento dizer que, olha, é assim mesmo, isso sempre acontece, deixa que eu tento sozinha. Mas a pessoa insiste em apertar o meu dedo. Ô, a digital não é pasta de dente, ok? Não vai sair se você apertar meu dedo. Por mais que você aperte.

Aí chega a hora da foto. Depois de informar que meu nome tá errado e não é Renata Broges, tenho que tirar foto pro cadastro. Com o cabelo que ainda não secou. Sem um espelho pra ver a situação dele. Eu pergunto toda fofinha "posso dar uma olhada na foto?" e ela me diz que não, não posso olhar, não. Mas por que não? O que custa? É só virar o monitor.

Aí a funcionária rosnou pra mim. Eu sei que ela pensa que disse alguma coisa, que abriu a boca pra dizer alguma coisa tipo "senhora, é impossível, a foto é provisória, não esquenta." Mas o que saiu, na verdade, foi um rosnado.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Oh, my eyes! My eyes!!!

Eu voltei à loja, eu quase morri de vergonha por carregar esse cabide até o provador, mas eu tinha que mostrar que o perigo nos ronda. Um dia você vai dar de cara com ela. Prepare-se.

A calça de cintura alta. Aaaahhh!
Você também não queria que eu vestisse, né?Por 75,90, divididos em 5 vezes, que tal?

Sinto que eu devo explicar uma coisa: quando eu digo que a minha avó tava montando um enxoval pra mim, gente, é só pra efeito dramático.

O que minha avó faz é comprar a Caras toda semana e guardar o brinde que vier (xícara, garfo, sei lá), dizendo que está guardando pro meu enxoval.

Até pouco tempo, minha família nem se manifestava sobre ter terminado e tal. Eles nem falavam sobre isso. Eu sei que eles foram avisando uns aos outros, porque minha avó, por exemplo, da primeira vez que me viu depois do fim de semana mais dramático, não perguntou dele e nem mencionou o enxoval que ela tava montando pra mim. Ninguém falava nada.

Quando eu comecei a me sentir um pouco melhor, quis tirar esse peso deles. Fiquei falando de Santo Antônio e avisei a todo mundo que o valor do convite pra festa junina era um bom partido não perecível e hahaha.

Por um lado deu certo, eles deram risada, viram que eu não tava no fundo do poço nem nada. Só que, por outro lado, eles acreditaram no que eu disse! E eu tive que, educadamente, recusar convites no dia de Santo Antônio pra ir à igreja e fazer simpatias.

Então minha tia liga e diz:
-Tata, a titia tava pensando. Tem um amigo do P. que tá solteiro. Vou chamar ele pra festa junina, tá? Ou então você me diz o que tá procurando e eu acho outra pessoa.

A outra tia liga e diz:
-Acho que eu vou levar o filho do C., que ele é solteiro, dentista e tem 25 anos.

O pior foi minha mãe dizendo ontem:
-Olha, eu fui falar do bom partido não perecível pro B. e ele ficou todo empolgado com o filho dele.
-Mas, mãaaaee, o filho dele não tá procurando casa pra comprar com a namoradaaa?
-Nossa, é mesmo.
-Esse aí já pereceu, mãe. Já pereceu.

Isso é pra eu aprender a pensar muito antes de abrir o bocão. Da próxima vez, deixo todo mundo continuar com o voto de silêncio.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Eu adoro aquelas coisas metálicas que as pessoas vendem sob a alegação de que vão potencializar o efeito dos cremes. Porque eu adoro creme, né? Tem um creminho em cada canto do meu quarto, pra emergências. Nunca se sabe quando a pele vai ficar incrivelmente seca. Posso levantar da cama pra pegar um livro na estante e ahhhh! pele secaaa!, então é bom manter um creminho atrás dos DVDs.

Bom, então por causa dos cremes eu adoro coisas metálicas que potencializam o efeito deles. Não me diz que as coisas metálicas não fazem isso, porque eu não vou acreditar.

Eu tenho touca, sapatilhas e luvas metálicas. Meu pai sempre diz "filha, que bom que você só usa essas coisas em casa, né?" Não sei por que ele diz isso. Acessórios prateados estão em alta.

O meu sonho é mergulhar num barril de creme e depois me enrolar no papel alumínio. Meu objetivo de vida é ser a pessoa mais macia do mundo. Pretendo desmanchar.

E agora eu encontrei uma coisa maravilhosa, que vai me permitir chegar mais perto do que eu quero pra minha vida:

Uma maravilhosa máscara térmica!

Não é metálica, mas é tudo de que eu preciso pra ser muito feliz.

and the world did not end

A descrição do blog muda às vezes, quando eu percebo que os posts têm alguma coisa em comum. Dessa vez, saiu o coração partido e entrou toda a bizarrice de reaprender a ser solteira sem saber flertar.



A letra de Rejazz, da Regina Spektor, diz assim:

Thought I'd cry for you forever
But I couldn't so I didn't
People's children die and they don't even cry forever
Thought I'd see your face in my mind for all time
But I don't even remember what your ears looked like

And the clock still strikes midnight and noon
And the sun still rises and so does the moon
Birds still migrate south and people move on
Even though I'm no longer in your arms
Thought the mountain would crumble
And the rivers would bend
But I thought all wrong and the world did not end
Guess the maps will just have to stay the same for a while

Didn't even need therapy to rehabilitate my smile (só essa parte que não serve pra mim, né?)
Rehabilitate my smile

Thought I'd cry for you forever
But I couldn't so I didn't...

Eu achei que não ia mesmo conseguir parar de chorar. Mas acho que parei. Ainda tenho muitos sentimentos pra trabalhar, mas todos muito mais brandos.

Na verdade, a minha vida inteira é uma desculpa pra colocar músicas da Regina Spektor aqui no blog...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Eu sinto que é minha obrigação vir aqui e avisar a vocês que o terror está próximo. O terror está próximo! Fujam!

Então a gente achava que as medonhas calças de cintura alta ficariam restritas a grifes caríssimas, né? Eu estava tranqüila, pensando que, se eu não convivo com pessoas ricas, não teria que ver uma calça de cintura alta frente a frente, apenas em fotos. O horror seria menor.

Mas a realidade, oh, a cruel realidade. Hoje eu vi em uma loja popular! Tava lá, podendo ser parcelada em 8 vezes, sei lá. Custando menos de 80 reais, tava lá. Tava lá, pra jogar na minha cara que um dia qualquer eu e ela vamos nos encontrar por aí.

Então eu vim avisar: fujam enquanto é tempo.

Se você tá aí reclamando da vida, se achando ridícula e tal, pode parar. Mas pára mesmo. Pára agora. Porque hoje eu flertei com um manequim. Com um manequim de loja. Tá?

Eu achei que ele estivesse sorrindo pra mim. E sorri de volta. Para um manequim. Que nem cabelo tinha.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Amigos estilistas, vamos mesmo investir no formato ovo? É isso mesmo que eu entendi?

Quero ver quando vocês precisarem de um favor meu...

Ah, é. E as coisas bizarras de ser uma nova solteira. Eu não sei como reagir quando ouço:
-Você já sentiu o cheiro de um homem que acabou de sair da prisão?

Cara, que medo. O que eu respondo? Será que ele acabou de sair da prisão? Será que dar um passinho pra trás agora vai pegar mal? Será que eu posso rir até rolar no chão? Será que eu minto dizendo que "sim, claro, é muito comum na minha vida cheirar ex-presidiários"?

Como se sai dessa situação? Eu só fiquei ali, olhando pro nada, não tinha o que falar, meio que fingindo que não era comigo e torcendo pra ter sido uma pergunta retórica. Até que ele disse:
-Eles cheiram a mofo.

Super sedutor o seu papo, hein, amigo?

Mentiraaa, mentiraaa que agora eu vou ter que agüentar as futuras (ou atuais, né? sei lá, não tô acompanhando) querendo dar uma olhada na ex.

Ai, gente, eu não sou concorrência, "me esqueçam", hahahaha. Façam bom proveito, desejo boa sorte, sei lá.

Mas se alguém quiser ficar igual a mim pra conquistar, acho bom maneirar no lápis de olho e retocar a raiz com mais freqüência.

domingo, 17 de junho de 2007

Meu tio não mora no Brasil há uns 17 anos, acho. A minha avó já tinha ido algumas vezes à Califórnia visitar meus tios e meus primos. Todo mundo já tinha ido, menos meu vô. Meu tio não podia vir, porque ainda tava naquele processo de green.card e tal. Meu vô não aceitava ir de jeito nenhum. Nem passava pela cabeça dele entrar num avião. Aí ele ficou doente, não tinha cura, e acho que ele quis se despedir. Minha tia mandou as passagens em segredo. Meu tio chegou em casa e encontrou minha avó na sala e uma caixa gigante. Meu vô tinha 1,90m e tava dentro da caixa. Fazia uns 10 anos que eles não se viam.
Meu vô tirou foto com cada uma das árvores do pomar da casa do meu tio. Quando voltou, mostrou pra todos os amigos. "Olha, meu filho tem um pé de maçã no quintal." Meu vô era muito fofo, com aquele chapeuzinho que ele usava.

Hoje é aniversário do meu tio e tem outra surpresa pra ele. Pena que hoje são só fotos.

Vou à casa da minha avó e uma amiga dela tá lá.
-Renatinha, que relógio é esse? Deixa eu ver?

Eu estendo o braço.
-Ahhhh, não! Achei que fosse aquele Chanel branco. Minha neta ganhou um esses dias.

Era necessário? De verdade?
...
Eu podia ter falado "Ahhh, ganhou, coitada? Justo agora que a moda já tá passando?" Mas, né? É muita boa educação pra uma pessoa só.

sábado, 16 de junho de 2007

Andando na rua eu ouço:
-Oi, mocinha! Aquilo é homem ou mulher?
-Ãhn?
-Aquilo que vai andando ali é homem ou mulher?
-É um menino, senhora.
-Nooossa, precisa cortar aquele cabelo!

E continuo andando, porque, gente, é preciso seguir em frente.

Uma história que eu adoro e aconteceu com uma amiga de uma amiga. De verdade. Gente, se fosse comigo eu não esconderia, dã.

Ela encontrou Rodrigo Hil... por aí, na baladinha, na night, sei lá como se fala, e ficou com ele. No meio da noite, Rodrigo Hil... dormindo e ela tira uma foto dele com o celular, pra mandar pra todas as amigas.

Estou avisando: se acontecer com alguém e a pessoa mandar a foto pra mim, perde a amiga, hein? Tô falando. Se for pra pegar Rodrigo Hil..., não me contem. Não quero saber! A amizade não vai resistir à intensidade da inveja que eu vou sentir.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Pára tudo! Pára tudo de verdade!

Alguém no meeeio de uma separação veio conversar comigo. E me contar o que tinha acontecido. E eu disse "isso passa"!

\o/
...
Nessa história toda de reaprender a ser solteira, comecei a lembrar como é legal achar alguém interessante. Eu não achava ninguém interessante há muito tempo. Tinha esquecido como é legal conversar, descobrir coisas, ouvir elogios, ficar sem graça, sentir as bochechas quentinhas.
...
Esqueci de falar no vídeo que minha tia e minha prima também me trouxeram um papelzinho da sorte de Santo Antônio. Quer dizer, da minha sorte, mas enviado por Santo Antônio.
No meu tava escrito:

Nunca pare de sonhar. Crie uma história nova, por pior que seja o momento que você está vivendo.


Ih, contei minha sorte. Será que dá azar? :P

Sonhei:

que tinha dado um golpe em duas pessoas que agora tavam atrás de mim. Pra fugir, eu tinha que mergulhar no mar.

E eu pensava: "Mas a minha sandália é da Foooorummmmm, não posso entrar na água!!!"

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Santo Antônio é meu chapa!

Mais tarde tem vídeo contando como foi o primeiro dia de Santo Antônio da minha campanha Santo Antônio, seja meu chapinha!

Eu tinha gravado um ontem, mas à noite, a iluminação tava péssima e também tinha ficado muito longo.

Daqui a pouco eu publico aqui.

Quando minha tia foi morar com meus avós, minha mãe e meus outros tios, minha tia já tinha uns 5 ou 6 anos. Minha mãe é 8 anos mais velha do que ela, e como minha avó trabalhava, minha mãe cuidava muito da minha tia.

Minha tia sempre apanhava dos vizinhos, até que um dia a minha mãe disse:
-Olha, da próxima vez que você chegar em casa dizendo que apanhou, eu vou te dar uma surra. Se alguém te bater e você não bater de volta, vai apanhar duas vezes, porque eu vou te bater.

Só história, né? Minha mãe não bate em ninguém. Eu não me lembro de ter apanhado da minha mãe. Mas minha tia ficou apavorada. O medo da surra foi tanto que aquele dia, depois que o filho do vizinho quis bater nela, várias pessoas tiveram que apartar a briga, porque minha tia tava quase matando o garoto.
...
Minha mãe conta que minha tia era uma olho-de-mola. A expressão olho-de-mola já foi explicada aqui, com vídeo incluído: é a pessoa que tem os olhos maiores do que o estômago, que quer comer mais do que precisa ou agüenta comer.

Um dia, minha mãe preparou o lanche da minha tia e ela reclamou que era pouco, ela queria mais. Ela reclamou antes de começar a comer. Minha mãe disse que se ela comesse tudo, podia comer mais. Mas ela chorou, chorou, chorou, pedindo mais pão e café com leite.

Minha mãe pegou uma bisnaga de pão, cortou, recheou. Encheu uma leiteira com leite e toddy e deu pra minha tia. E disse "só levanta da mesa, quando acabar de comer tudo."

Lição pra vida, né? Minha tia fica enjoada só de lembrar disso.
...
E também teve aquela época, né?, em que meu irmão mordia todo mundo. Até que o dia em que minha mãe mordeu o dedo dele. E ele nunca mais mordeu outro ser vivo que ainda respirasse.

De Shopgirl

"If he thinks he would harm Mirabelle, he would back away. But he does not understand when and how people are hurt. He doesn't understand the subtleties of slights and pains, that is not the big events that hurt the most but rather the smallest questionable shift in tone at the end of a spoken word that can plow most deeply into the heart."

terça-feira, 12 de junho de 2007

Pra quem tá solteiro, gente, não vamos perder a esperança! Amanhã é dia de Santo Antônio. Eu vou acordar cedinho pra jogar o coitado na cisterna do prédio. Espero que ele saiba nadar.

Como sou essa flor de pessoa e tenho esse coração puro, cheio de vontade de ajudar a quem precisa, vou deixar vocês com uma simpatia super simples. Estou deixando hoje, porque deve ser feita de hoje pra amanhã.

Anotem:

Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e, à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.

Todo mundo correndo pra procurar uma loja de facões aberta 24 horas!

Foi um ótimo dia dos namorados.

Ganhei chocolate!
...da minha mãe, hahahaha

Ligaram pra me chamar de lindaegostosa!
...foi a minha tia, hahahaha

Dei presente hoje!
...pra Hannuca, hahahaha

Eu acho super estranho minha avó chamar meu avô de José, quando fala dele. Ela conta umas histórias e fala "o José gostava de..." e eu levo alguns milésimos de segundos pra ligar o José de quem ela tá falando ao meu avô. Só quando eu já era adulta fui me tocar que o nome do meu avô era José. Quer dizer, eu sabia que o nome dele era José, mas eu nunca pensei no meu avô como José.

Eu sempre chamei de vô Borges ou de vô Zezé.

Nunca liguei pro dia dos namorados. Mas hoje, no primeiro em 6 anos que eu passo sozinha, me dei um presente. Finalmente fui à auto-escola levar todos os documentos pra dar entrada no Detran. Eu não posso passar por uma loja de carros que já quero entrar e escolher logo o meu.

Bom, feliz dia dos namorados pra quem tem um. Ou uma. ;)


pra quem não tem: gente, amanhã é dia de santo antônio, hein?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Eu acho engraçado quando as pessoas me vêem e falam "nossa, seu cabelo tá bonito. o que você fez?"
Primeiro que meu cabelo não está bonito. Há uma diferença entre um cabelo bonito e um cabelo que já foi horroroso e está melhor. O meu caso é o segundo. Só quem conheceu meu cabelo antes pode elogiar. Quem me conhece agora só acha mesmo um cabelo normal.

Outro dia eu tava saindo de casa com a minha mãe e a gente encontrou um vizinho. Ela disse "mas ele tá bonito, né?" Eu tive que explicar que, não, ele não está bonito, ele está melhor. Porque era uma pessoa horrorosa e agora é uma pessoa normal, o que dá a impressão de que agora ele é bonito. Mas não é, só é uma pessoa que não incomoda os seus olhos agora.

Segundo, gente amiga, vamos entender de uma vez por todas: não é o que eu fiz, é o que eu FAÇO. Diariamente. Religiosamente. Rigorosamente. Quando alguém me pergunta o que eu fiz no cabelo, eu não sei o que responder. Digo o que eu fiz hoje? O que eu fiz ontem? Conto a reconstrução que eu fiz há três dias? Falo da ampola que eu usei semana passada? Vou ficar o dia inteiro falando, né?

Talvez seja o caso de eu andar com um diário do meu cabelo. Assim quando alguém perguntar o que eu fiz, eu tiro meu diário do cabelo da bolsa e digo "dá uma olhada nas últimas três semanas."

Ou eu também posso ser uma daquelas pessoas irritantes e dizer "menina, sabe que eu não fiz nada? acordei e ele tava assim!"

As pessoas não acreditam quando eu conto. Tem gente que ainda não sabe. Eu conto de uma vez só. Terminou. Não dou muita explicação, que é pra não ficar triste. Mas não adianta, todo mundo faz cara de surpresa e quer saber por que. Outro dia encontrei um ex-professor e ele me perguntou "renatinha, e o noivo tá bem?" Eu disse "deve estar bem. mas não é mais noivo." Precisava ver a cara dele. Ele perguntou "mas como, renata? não tava com data marcada e tudo?" eu quis descontrair e disse "não, d., não tinha data marcada. tava só me enrolando mesmo." Eu me arrependi na hora de dizer isso. Não por ser mentira, é tudo muito mais complexo do que "estava me enrolando", eu falei pra fazer uma graça mesmo, pra não ficar aquele clima pesado, que às vezes fica. Mas me arrependi na hora. E a cara de dó que ele fez? Ele tava com a esposa, os dois me deram um abraço. Ele me abraçou e disse "tudo passa. você vai encontrar alguém muito melhor." Eu nem fiquei mal aquele dia, que engraçado.

Mas é diferente com meninas. Uma amiga minha não consegue acreditar. Ela fica me perguntando "mas não tem volta? você acha que não tem volta?" Eu não quero ficar falando disso. Já falei tantotantotanto, que fico cansada de iniciar esse assunto de novo. Me dá um cansaço. Não que o assunto tenha se esgotado pra mim. Eu ainda vou falar muito sobre isso comigo mesma e na análise. Mas eu sinto que o assunto se esgotou pra outras pessoas. Cheguei na parte que eu não posso mais dividir. As pessoas me dizem "não consigo imaginar você sem ele." Eu não sei por que alguém diz isso pra mim. "Eu achei que vocês iam casar." Eu não sei o que responder. O que eu vou dizer? "Eu também"? Não sei, só mudo de assunto.

De repente um cara tá do meu lado dizendo "olha, eu acabei um casamento há uns meses, sei como é." Eu penso, que ótimo se você me encontrasse numa quinta-feira à tarde e eu estivesse disposta a conversar. Hoje é domingo e eu estou concentrada apenas no meu chopp e na minha pizza. Aceitei a carona pra casa depois, mas já pensando em como mudar de assunto se ele falasse da separação dele e quisesse saber da minha. Mas ele nem tocou no assunto. E desceu do carro pra abrir a porta pra mim. Achei meio estranho, mas não reclamei, porque o carro era um daqueles bem altos, eu sempre tenho medo de cair desses carros. Nunca entendi por que alguém compra um carro tão alto, é muito difícil pra entrar e pra sair. Nem fiquei com ele, mas quando fui tomar banho percebi que tinha ficado um perfume masculino na minha roupa. Acho que foi do abraço que ele me deu antes de eu entrar em casa. Ele disse "como você é magrinha." Eu não sou magrinha, mas tava com uma blusa meio larga, daquelas que enganam.

Todo mundo se despediu me abraçando. Acho que eu sou uma pessoa muito abraçável.

domingo, 10 de junho de 2007

Bom, aí eu fui ver quem era o cara que tinha visitado meu perfil no Orkut. Fui até o perfil dele, dar uma olhada e tal, e... ele tá na comunidade Garotas Esquisitas!

hahahahaha

Eu acho que não mereço, mas talvez eu até mereça, não sei.

sábado, 9 de junho de 2007

Apesar de todos os contratempos, eu ainda espero ver o lado bom das coisas.

Levei um pé na bunda? Ok, que oportunidade maravilhosa pra viajar, arrumar um emprego melhor, usar esmalte escuro toda semana, sem ouvir reclamação.
Emagreci de tanto chorar? Ah, que ótimo ter as minhas calças folgadas de novo.
Meu cabelo está sem corte e eu não tenho dinheiro pra ir ao salão? Hum, que lindo, um visual natural, quase selvagem, posso lançar uma tendência.
As mangas morcego continuam nas coleções de verão? Nossa, quanto dinheiro eu vou economizar, desprezando essas roupas.
O rocambole quebrou na hora de enrolar? Que chance única de transformar o recheio em cobertura e fingir que a intenção inicial era fazer um bolo e cortar em quadradinhos.

Nessa linha, achei um ponto positivo da mudança de lugar da cama: agora eu não preciso mais levantar pra apagar a luz. Basta engatinhar até a ponta da cama. Imagina quanta energia eu vou economizar...

Aqueles microvestidos no Fashion Rio... alguém POR FAVOR me diz que aquele comprimento era só pra passarela e que vão fazer vestidos fofos como os que eu vi em tamanhos normais.

Por favor, não peço muito na minha vida. Eu não peço, por exemplo, que minha mãe aceite quando eu digo que NÃO CABE mais um guarda-roupa no meu quarto. Eu não peço nem que ela entenda que eu tenho direito de chegar em casa e ficar de mau humor porque ela mudou minha cama de lugar, pra provar que cabe um guarda-roupa aqui, e agora eu só tenho uma posição pra ver tevê. Eu não peço que a minha memória funcione a ponto de lembrar de levar TODOS os documentos e comprovantes de pagamento na auto-escola, pra finalmente fazer as aulas práticas. Eu não peço pra acordar um dia e ter o cabelo da Alessandra Negrini, só que mais curto. Eu não peço pra não ser atrapalhada do tipo que deixa meu casaquinho de capuz branco encostar na cera ainda quente.

Eu peço? Não, eu me conformo.

Mas agora eu tô pedindo uma coisa, uma coisa só, que é que os vestidos lindos que eu vi também apareçam num comprimento que eu possa usar sem ter que passar meu tempo livre na academia, e não deitada vendo tevê. Na única posição de ver tevê que me restou...

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Gilmore Girls


Foi ótimo, meninas.


Porque todo fim é um clichê...

Eu e minha mãe tentando andar numa calçada cheia. A calçada pára, porque alguém decide tirar fotos bem ali. Em várias poses. A gente passa, entre uma foto e outra.

-Renata, deixa eu achar um maluco* que eu vou pagar pra ele ficar passando na frente dessa palhaça que quer tirar foto no centro de Nova Iguaçu.
-Pagar maluco?
-Vou achar um maluco e pagar pra ele ficar passando pra lá e pra cá, na frente da foto, que é pra ela aprender. Quer tirar foto, vai pro Pão-de-Açúcar. Palhaça.
...
Uns minutos depois ela não se agüenta:
-Renata, você conhece alguém mais genial do que eu? A idéia de pagar o maluco foi genial. Pena que a gente não achou um, né?


É, que pena...


*tem vários malucos andando por Nova Iguaçu. é muito fácil achar um.

Sonhei:

que saía com meus pais e passava tanta maquiagem que quando eu piscava ouvia meu rosto fazendo "crec".
A gente tava num lugar assim aberto, meio gramadinho, mas com falhas no gramado, e tinha um cachorro comendo um pedaço de morango no chão.
Minha mãe disse: "filha, nunca coma comida do chão. as pessoas põem veneno."

Meu primeiro impulso foi espantar o cachorro, pra ele não comer o veneno. Depois eu perguntei pra minha mãe "mas por que eu comeria comida do chão?" e ela me respondeu "não sei. só estou avisando."

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Sabe bad timing? Quando alguma coisa acontece na pior hora possível? Sabe assim?

É assim que eu chamo o que fez O Boticário lançar esta coleção justamente pra este dia dos namorados.

Bad timing.


dependendo da validade, vale fazer um estoque, né? ;)

É muito estranho pra mim ter alguém na minha vida e no dia seguinte não ter. Porque eu não fui criada assim. Na minha família, você entra e não sai. Ninguém sai da minha família, gente, é impossível. Eu nunca tinha visto alguém fazer parte da família e conseguir se libertar antes. Merece um prêmio pelo ineditismo.

O ex-marido da minha tia continua sendo convidado pras festas, viaja com meus pais. Mesmo a minha tia já estando noiva de outro, que também é muito bem tratado. A filha do ex-marido da minha tia continua tendo presente na árvore de natal.

Mas a melhor história é a de um primo meu. Ele casou, a mãe dele amaaaava a nora. Mas amava de verdade. Eles casaram, foram morar com meus tios e pouco tempo depois se separaram. Meu primo saiu de casa e a ex-mulher dele continuou morando lá com os ex-sogros.

Meu primo já se casou outras duas vezes. A primeira mulher dele continua morando com meus tios. Há mais ou menos um ano ela casou. E levou o marido pra morar com ela. Na casa dos ex-sogros. Moram todos lá, meus tios, a ex-nora deles, o atual marido dela e a filha que ela teve.

Tá bom?

É por isso que eu digo que tem que ter muito cuidado na hora de lidar com a minha família. Porque a gente é praticamente um pega-mosca. Se pousar aqui, vai ter que lutar muito pra conseguir sair. E se sair, vai deixar umas perninhas grudadas.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

floo

E hoje eu descobri que existe torcer e existe torcer com classe. E quem torce com classe vai ver o jogo de avião fretado. A torcida do Floo está um nível acima.


não, gente, não há previsão de quando meu pai vai colocar a camisa do Floo pra lavar.

Não é qualquer uma que acorda e vê que a cachorra está vestida com uma blusa sua.

Da Hello Kitty.

-Renata, você pode vir aqui?
-Ah, mãe, agora não. Tô cansaaada, não quero levantar.
-Tá bom. É que meu chefe me deu uma barra Milk Almonds da Lindt.
-PERAÍ, que eu já levantei!
...
Meus chefes não me dão nem um sinto muito quando meu salário atrasa.
...
Mas a verdade é que a minha mãe merece chocolates, porque ela gosta de trabalhar. Eu acho tão irreal isso, mas a minha mãe gosta de acordar e ir pro trabalho. Ela se aposentou há uns dias, inclusive. E continua trabalhando. Com a mão imobilizada por causa de tendinite. Chocolate é o mínimo mesmo.
...
Eu como todos os chocolates bons que ela ganha mesmo, porque eu sou preguiçosa, não gosto de trabalhar, mas mesmo assim acho que mereço chocolate.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Lembrando da festa do ano passado. O namorado da minha tia chegou na casa dela, vestido de caipira. A roupa cheia de remendos, chapéu de palha, bigodinho e costeletas de lápis.

E a minha avó:
-Hahaha, você veio ao natural, né?
...
Outro dia um conhecido encontrou minha avó na rua:
-E a senhora tá bem?
-Não dá pra ver? Tô respirando, tô dormindo, tô comendo. Como é que eu não vou estar bem?

É uma sinceridade única.

A Hannah pega a perna da minha mãe, às vezes. Hannah é um ser ainda confuso, ela não sabe ainda pra que lado vai.

O assunto aqui hoje é a festa junina. Minha mãe dá a idéia genial de deixar a Hannah como noiva da quadrilha. Eu tento, gente, eu tento trazer um pouco de bom senso pra minha família:
-Mas, mãe, quem vai ser o noivo???
-A gente veste a minha perna com um mini terno.

Minha mãe, gritando lá do quarto dela:

-Renata, já convidou todo mundo? Nossa festa junina vai bombar?

Minha mãe, a adolescente.

Adoro ver como tudo é mais fácil pra gente rica. A pessoa vai ao banco falar com o gerente. O gerente sabe o nome dela e sabe muito bem quanto ela tem na agência. A pessoa vai reclamar de uma taxa mínima. Mas mínima. E diz que não quer mais pagar a taxa. Não quer mais. O gerente fica lá, tentando convencer a pessoa a pagar a taxa. Até que a pessoa fala que se tiver que pagar essa taxa, ela vai levar todas as aplicações pra outro banco, que ligou pra ela e ofereceu o mesmo serviço sem essa taxa.
E sai do banco com a taxa cancelada.

Se fosse eu, ia ouvir "ah, isso mesmo, leva pra outro banco. quero ver que banco vai gostar de quem só tira dinheiro e nunca põe, quero ver. vai lá."


ai, mentira. da última vez que eu fui ao banco o funcionário foi um amor, me cumprimentou com beijinho, foi super rápido, porque faltavam 10 minutos pro câmbio fechar, se despediu com beijinho, ainda disse pra eu ir direto nele da próxima vez. o que eu não vou fazer, porque não sei furar fila.

Gente, é muito drama nessa vida! Os dias continuam frios, eu não sei mais o que fazer.Olha, o meu cabelo requer muitos cuidados. Não pra ficar lindo. Não. Pra ficar lindo ele requer quase um milagre. Meu cabelo requer muitos cuidados pra ficar aceitável pra sociedade. Assim, pra eu sair na rua e as pessoas não jogarem pedras em mim ou me baterem com galhos.

São muitas etapas, muitos produtos e bastante tempo que eu passo com ele molhado, até que ele fique pronto para ser visto.

Mas com esse frio, não dá. O mundo que me desculpe, porque vai ter que ver meu cabelo no original.

Eu sinto tanto por vocês...

Ontem eu passei o dia todo bem. Aí já era madrugada de hoje quando eu lembrei que ontem tinha feito dois meses e tal.
Daí, chorei, chorei, chorei.

E fui dormir, que ninguém agüenta chorar tanto na vida, né?
...
Nesses dois meses, eu perdi uns 2,5 kg - 3 kg que eu não recuperei. Essa foi a melhor parte mesmo, porque era aquele peso que eu tava tentando perder há meses, mas não conseguia. Só que eu me alimentei normalmente durante esse período. Meu apetite não diminuiu nem nada. Então eu pensei, pensei, e acho que não perdi 3 quilos, perdi 3 litros.

E é por isso que não importa o quanto eu esteja feliz, eu vou chorar pa-ra-sem-pre. Pra manter o peso.

Hoje é terça-feira, 5 de junho, 13:21.
E meu pai está cortando azulejo.

A pessoa não consegue viver sem iniciar uma obra e largar pela metade.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Mudei meu blush do dia-a-dia e o mundo não reparou.
Ah, que chato.

sábado, 2 de junho de 2007

Eu vou contar uma coisa e vocês vão ter que acreditar em mim. Eu tenho como provar o que eu vou dizer, mas não posso, porque se eu colocar fotos do meu irmão aqui ele vai pegar uma das minhas pernas e sair me puxando, me fazendo andar pulando com uma perna só pela casa toda. E eu odeio quando ele faz isso.

Então acreditem em mim quando eu digo que o meu irmão parece o Renato Russo.

No começo, quando os amigos começaram a chamar ele de Russo, eu achei que tinha a ver mesmo, por causa da barba, do cabelo e dos óculos, mas pensei que fosse uma coisa que você tinha que parar, olhar pra ele, pensar um pouquinho e perceber.

Mas hoje meu irmão foi tomar vacina comigo e quando a gente saiu do posto, uns meninos começaram a gritar "olha o Renato Russo! Renato Russo, me dá um autógrafo!" Meu irmão é muito de paz, então não falou nada, o que fez as crianças pensarem que meu irmão tem bom humor. Não se engane, ele só tem preguiça de te xingar e te bater. E as crianças vieram atrás cantando músicas do Renato Russo.

Até a hora em que ele virou pra trás e perguntou se alguém tinha algum problema pra resolver com ele. E foi meu ponto do alto do dia até agora, ver meu irmão assustando criancinhas.

Mas acreditem em mim, ele parece mesmo o Renato Russo.

Grávidas do Brasil, respirem aliviadas.

Porque assim, né?, eu não vou engravidar, mas o resto do mundo vai. E eu não quero ninguém me acusando de ter transmitido doenças por aí.

Agora eu tenho uma carteirinha de vacinação e ela é laraaanja e eu adoooro laraaanja.
...
-Mãe, onde eu guardo a minha carteirinha de vacinação laranja?
-Ah, me dá aqui, que eu vou guardar junto com a da Hannah.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Eu acho que vou ser uma pessoa mais completa quando eu tiver um desses.
Eu sinto que é isso que falta na minha vida.

Eu tenho uma alma de obesa mórbida, nasci no corpo errado, só pode.
Ontem eu vi uma foto de um macarrão com almôndegas de soja e fui dormir pensando que hoje podia almoçar isso.

Acordei e fiquei ansiosa até a hora do almoço, não conseguia pensar em mais nada.

this one next.com

Você diz qual foi seu último livro/DVD/CD e o site dá uma sugestão de qual deve ser o próximo.

Ah, lembrei meu sonho da noite passada: uma amiga minha achava que tava grávida. Ela ia ao laboratório, fazia o exame, só que tinha que viajar com o namorado. Então ela me pedia pra ir lá e pegar o exame pra ela. Eu ia e aproveitava pra fazer um exame também.

E no resultado do meu exame, tava assim:
Quando vai engravidar: NUNCA

Cara, será que isso tudo é medo da vacina?

Acontece que injeção não faz o menor sentido pra mim. Eu não consigo entender que uma civilização que tenha Regina Spektor e mande pessoas pro espaço ainda precise de injeções. Sabe, não faz sentido ficarem procurando água em Marte, em vez de gastarem esse dinheiro todo com alguma forma de me vacinar sem furar a minha pele.
Gente, o Zé Gotinha era nosso amigo, por que ele não pode servir pra TODAS as vacinas? Que civilização é essa, que ainda precisa furar o braço das pessoas pra prevenir doenças? Ninguém tem dó de furar o meu bracinho tratado a hidratante de água de coco e baunilha?

Injeção is so last century...

and I will consider you gone

Eu não sei quanto tempo do meu dia é gasto nisso. Eu gostaria muito de ter uma porcentagem, porque eu adoro mesmo porcentagens, mas ainda não parei pra contar quanto tempo eu gasto apagando a aliança das minhas fotos. Acho que menos tempo do que tentando perdoar e esquecer.

Eu sei agora que não tinha como dar certo, porque eu acho que é uma pessoa que não sabe amar mesmo, e não tem noção nenhuma de responsabilidade. Mas saber que não tinha como dar certo não faz eu me sentir melhor por ter dedicado 1/4 da minha vida a alguém que não me deu essa dedicação toda de volta.

No começo, eu pensava muito em como ele não podia ter feito isso comigo, mas agora eu acho que foi mesmo porque não sabia como fazer diferente. Porque a gente não erra de propósito. Erra porque não sabe fazer. E quem não sabe amar vai amar errado e fazer o outro sofrer. Quem não sabe assumir responsabilidade vai tentar se livrar da culpa. Que sou eu. De um dia pro outro eu virei cinqüenta quilos de consciência pesada. Eu acho também que existe uma diferença entre sentir muito e sentir culpa. Quem sente muito sou eu. Eu sinto muito, não tem como alguém dividir esse posto comigo. Eu passo meus dias colando os caquinhos, sorrindo mesmo quando eu não tenho do que sorrir, só porque eu acho que sorriso atrai sorriso, e pensando em por onde eu vou recomeçar. Isso é sentir muito. Eu sinto muito por ter começado isso e por ter levado tanto tempo pra enxergar de verdade e não ver só o que eu queria ver. E por ter amado alguém que eu inventei.

Então eu passo uma parte grande do meu dia vendo tevê. Outra parte lendo blogs. Outra parte querendo coisas que eu não posso comprar. Outra parte lendo um pouco. Outra parte sublinhando livros. E outra parte apagando coisas, tentando perdoar e esquecer. E sentindo muito.

We'd hit the bottom,

I thought it was my fault
And in a way I guess it was
I'm just now finding out
What it was all about