sexta-feira, 25 de abril de 2008

desce

Na minha caixa-postal:
"Oi, Renata, aqui é o Dr. Fulano, estou ligando pra combinar patati-patata..."

A pessoa jura que eu vou chamar aluno de doutor?
...
Já que é assim, eu queria que todo mundo se referisse a mim como Rainha do Universo. Pode ser? Nunca mais vou perder meu tempo explicando que não tem nada a ver me chamar de teacher. Vou simplesmente informar que eles devem se referir a mim como Rainha do Universo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Das coisas que só acontecem com a minha família.

Tem o marcador de luz. Ele vem todo mês, né? Que todo mês precisam saber quanto de eletricidade nós usamos, pra mandar a conta e nos deixar envergonhados por não passar uma montanha de roupa de uma vez e deixar computadores e aparelhos de televisão ligados o dia todo todo dia. Então tem o marcador de luz.

O relógio que registra o consumo fica na garagem embaixo da janela do meu irmão. Quer dizer, tem a janela do primeiro andar antes da janela do meu irmão, mas é na mesma direção. E como ninguém mora no primeiro andar, é o meu irmão que o marcador chama pra marcar o consumo. Pelo nome, ele chama pelo nome. Ele chega e grita "Rafaeeel!" e o Rafael desce pra abrir o portão da garagem.

Em janeiro, o valor da conta de luz foi 65 reais. Isso é menos de 1/5 do consumo normal. Apesar disso, meus pais não fizeram nada. Talvez eles tenham agradecido a deus, acendido umas velas ou colocado a culpa da conta dos outros meses vir tão alta em mim. Porque em janeiro eu não tava em casa. Pode ser que eles tenham achado que eu era a responsável pelos outros 4/5 da conta normal. Embora eu seja uma pessoa que sempre apaga todas as luzes quando sai de um cômodo. Juro. E só ligo minha chapinha na hora que vou usar, não deixo ligada direto, não. Juro.

Enfim, não sei como eles reagiram à conta de 65 reais em janeiro, eu não estava em casa. Sei que em fevereiro a conta veio 75 reais. E aí, bom, aí a reação foi típica da minha família. Minha mãe surtou. E achou que alguém tinha feito uma ligação clandestina para nos incriminar. Para nos incriminar. Te juro que minha mãe achou que alguém deu um jeito de abrir o portão, fazer uma ligação clandestina, esperar contas muito baixas pra depois ligar pra empresa e nos acusar. Até ela me contar isso, eu nunca tinha nem imaginado que nós tínhamos inimigos tão maquiavélicos e malvadões. Porque um plano desses, meudeus, só pode sair de uma mente muito maligna.

Então o marcador veio. E meu pai desceu e contou pra ele o que tinha acontecido, disse que o relógio devia estar com algum problema, porque a conta não estava normal.

Nisso ele informou que, não, o relógio não tinha problema nenhum.
-Eu marquei errado porque fiquei com pena de ver quanto vocês pagam de luz todo mês.

Poxa, super obrigada. Pela conta de quase 1000 reais que teve que ser paga no mês seguinte para compensar.


agora, diz pra mim como é que eu sigo com a minha vida depois de saber que nós temos esses inimigos tão maus? porque eles devem existir, né? se minha mãe achou que a culpa da conta era deles. e se eles resolverem entrar aqui e, meudeus! quebrar todos os meus blushes?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Eu tenho essa coisa de acordar cedo. É uma coisa nova. Eu costumava acordar bem tarde, mas sempre parecia que eu perdia uma parte muito grande do dia. Agora eu acordo cedo. Todo dia eu acordo cedo. Não faço nada, mas acordo cedo.

O caso é, eu acordo cedo e não tenho o que fazer. E aí tem a Ana Maria Braga, né? E já que eu tô acordada mesmo... Então eu assisto ao programa dela. E o que me impressiona é a naturalidade com que os convidados conversam com o papagaio de brinquedo.

Que a Ana Maria interaja com ele, olha, eu acho até normal. Mas os convidados... não entendo. A pessoa vai lá e de repente tá super mantendo um diálogo com um papagaio de espuma.

Eu só fico pensando, de onde surgiu tanta intimidade?

domingo, 20 de abril de 2008

É mentirosa a afirmação de que eu sou pé frio. Não é porque num jogo a arquibancada cai e no outro meu time perde que a culpa é minha. Eu estar presente em situações trágicas do futebol brasileiro é apenas coincidência.

Outra. Tiozinho, se o senhor quer brigar no maracanã lotado, tem que escolher. Porque, sério. Ou briga ou come pipoca. Brigar cuspindo pipoca nas pessoas não é legal.

sábado, 19 de abril de 2008

Eu sempre fico muito nervosa quando entro num site e começo a ouvir uma música. Porque leva um certo tempo até que o meu cérebro processe a informação de que a música vem do computador. Até entender isso, eu fico:

-O que é isso? Que música é essa? Meudeus, que medonho! Quem canta isso? Tô imaginando? A música tá na minha cabeça? Tá na minha cabeça? Tá?

Sites que tocam música são um perigo pra mim. Porque sempre que acontece alguma coisa fora do normal, a primeira coisa que eu penso é "ih, i lost it. enlouqueci."

quinta-feira, 17 de abril de 2008

-Hoje eu fiz minha mãe comprar base, pó e corretivo. Eu quero maquiar o mundo! É uma doença, eu tenho certeza.
-Hahahaha, e ela comprou?
-Comprou, claro!
-Que pessoa influenciável!
-Mas ela comprou só porque ela quer ficar linda na GRANDE FESTA TROPICAL!
...
Então eu tenho que contar que minha mãe resolveu fazer uma GRANDE FESTA para comemorar os 50 anos. Foram semanas pensando num tema pra GRANDE FESTA. Porque não pode ser apenas uma festa, né? É preciso fazer os convidados de palhaço.

Quando minha mãe disse que queria uma festa temática, uma amiga dela estava jantando com a gente e disse "vamos fazer uma festa anos 80!" Na mesma hora eu quis morrer. Me chama pra tudo, menos pra uma festa anos 80. Eu logo imaginei aquela gente toda de balonê rosa shocking e sombra azul ouvindo RPM. Eu quis morrer.

Depois de comemorar quando a minha mãe recusou a idéia da festa anos 80, foi a hora de ter pesadelos quando ela concordou com uma festa tropical. Você teve pesadelos também? Você imaginou flores de papel crepom e esculturas de frutas? Você logo visualizou os convidados usando os tecidos estampados mais medonhos do mundo? Pois aconteceu comigo. E eu passei alguns dias tendo pesadelos com flores e flamingos feitos de melancia. Pelo que parece, isso não aconteceu com a minha mãe, que achou tudo isso uma ótima idéia e resolveu organizar a GRANDE FESTA TROPICAL. No inverno.

Felizmente, a organizadora da festa é uma pessoa de bom gosto e bom senso. E, na assinatura do contrato, prometeu que não haveria nada de papel crepom, só flores naturais e frutas.

Ai, a taquicardia.
-Em forma de bicho??? Vai ter frutas em forma de bicho???

Ela me garantiu que, não, não verei frutas em forma de bicho. As frutas vão se misturar às flores na decoração. Eu já tava amando aquela pessoa, que me mostrou fotos lindas das festas que ela produziu, quando ela deu a idéia de fazer convites em forma de abadá. Entendeu? Ela sugeriu que os convidados só entrassem usando um abadá.

Acho que a minha cara de NÃO-NÃO-NÃO disse tudo e ninguém mais tocou no assunto. Mas depois dessa eu entendi que vou passar os próximos quatro meses nessa relação amo-odeio com a organizadora da GRANDE FESTA TROPICAL.

-Quem é L., mãe?
-Ah, é a moça que me dava carona.
-Não conheço.
-A mãe do Cabeça de Coxinha.

Eu nem vou perguntar por que ela perdeu a carona...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

gone

I thought I'd write, I thought I'd let you know
In the year since you've been gone
I've finally let you go