domingo, 30 de dezembro de 2012

Eu comprei um leitor digital (o meu é o Kobo da Livraria Cultura que rima com fofura!) já pensando em usar pra livros muito grossos, ruins de carregar na bolsa, e livros que tivessem que ser encomendados e demorariam a chegar até mim.

Não pretendia parar de comprar livros físicos.

Daí comprei um leitor digital e, por mais que seja uma experiência muito legal, ficou claro pra mim, mesmo com pouco uso, que eu nuncanuncanunca serei capaz de parar de comprar livros físicos.

Mais do que cheiro de livro, como as pessoas gostam de dizer - pra mim, depois de um tempo, livro só tem cheiro de rinite - o gostoso é o peso do livro, folhear páginas e fazer uma das coisas que eu mais gosto na vida: folhear correndo o livro até chegar à ultima página e passar os olhos por ela, tentando ler o final.

É um momento que dura só alguns segundos, eu nunca me permito ler o final de verdade. Tenho só alguns segundos pra dar uma olhadinha e ler o que conseguir do final, pra voltar ao começo e passar todo o livro tentando encaixar as pecinhas.
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Obrigada a todo mundo que me ajudou a escolher! Já tenho dois livros no meu kobinho. (acho que nunca disse, mas tenho uma coisa de só comprar um livro ou dois por vez, pra me organizar e controlar a ansiedade. normalmente, livro novo na minha casa só o que estou lendo no momento ou o que espera pra ser lido depois dele) Estou adorando ler nele, é muito leve, é como ler a página de um livro mesmo e já saí com ele na bolsa e tudo =)
Não tem muita diferença dele pro Kindle. No final, minha escolha foi mezzo política/ mezzo afetiva. Foi mais uma escolha entre livrarias do que entre aparelhos.
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O primeiro ebook que eu comprei pro kobinho foi On Beauty/Sobre a Beleza da Zadie Smith. Ele custou R$21,69, comprei no próprio site da Livraria Cultura e paguei por transferência online (e a possibilidade desse tipo de pagamento era um ponto a mais do Kobo pra mim) Também dá pra comprar livros pelo próprio kobinho na livraria da Kobo, usando wifi e cartão de crédito, mas a Livraria Cultura tem um acervo melhor.

O livro físico nem seria tão mais barato, ele teria custado R$28,60, mas teria demorado 8 semanas + prazo do frete pra chegar até a minha casa.
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É muitomuito legal ter um dicionário ali pertinho pra tirar uma dúvida sobre o significado de alguma palavra. Eu não lia em inglês usando um dicionário há muitos anos, porque é pouco prático, mas poder consultar um só encostando na tela torna tudo muito mais fácil. Estou adorando e já aprendi palavras novas. Tenho certeza que isso também vai acontecer quando eu ler algo em português nele, mas com menos frequência, espero. =)
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Sublinhar um livro de papel é TÃO mais gostoso! Amei isso de poder fazer uma página de notas e grifos e ver todos de uma vez. Mas sublinhar no papel nem se compara a marcar alguma coisa num leitor digital. Sim, eu sublinho meus livros. Eu escrevo nas margens. Eu até converso com eles, escrevendo "haha" ou "ugh!", colocando carinhas tristes e felizes nas páginas. Se um dia meus livros forem parar nas mãos de outras pessoas, eu quero estar dentro deles.
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Que lindo é ter livros na estante, cada um de uma cor e tamanho. Imagina uma casa sem livros, que sem graça. A primeira coisa que eu faço na casa de alguém é olhar a estante de livros. A minha é bem bagunçada e foi feita pelo meu pai, com madeira que sobrou da construção da casa onde a gente mora. =D

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


A pessoa me liga pra oferecer uma coisa que até me interessa. Pede que eu diga a senha do serviço na Internet e meu CPF. Eu não gosto da ideia e também nem sei que senha é essa. Senha de quatro números pra usar na Internet? Isso não existe, ela só pode estar inventando. Nunca ouvi falar disso. E de repente, poxa, devo estar perdendo várias coisas legais sem essa senha de quatro números. =( Espera, deixa eu me concentrar.

-Olham, desculpa, não vou dizer isso por telefone. Não estou tão interessada assim.
-Então a senhora pode me dizer a data de vencimento da conta e seu aniversário.
-Não, eu também não quero dizer isso, desculpa.
-E se a senhora me disser seu endereço?
-Ah, meu endereço também não quero dizer. Olha, vamos deixar pra lá. Realmente nem é uma coisa que me interesse tanto assim.
-Então, eu digo seu endereço e a senhora diz se está certo.
-Não, porque aí nem faz sentido. Como você vai saber que eu sou eu? Se outra pessoa atendesse você daria meu endereço pra ela!! Sério, desculpa, eu já nem sei mais o que foi oferecido. Eu não lembro. Vamos nos despedir sem confirmar nada, é muito esforço pra uma coisa que nem me interessa tanto assim.

Muito esforço por uma coisa que nem me interessa tanto assim. História da minha vida.
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Só pra lembrar minha analista naquela consulta em que ela disse "então, o que você quer é que as pessoas se ajoelhem aos seus pés?" e eu respondi que sim, era mais ou menos isso mesmo, hehe.
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"Tudo que precisa ser conquistado dá problema depois." (Barba ensopada de sangue, Daniel Galera)

sábado, 22 de dezembro de 2012

E falo de drama sendo uma mulher de quase 30 anos que consegue terminar um dia tendo que tirar chiclete do próprio cabelo.

Eu estava fazendo uma bola gigante enquanto ventava.

Vivo uma vida de aventuras.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Eu fiz uma página pro blog no Facebook, não sei se vocês viram. =)

Tantos Clichês (o endereço é /tantocliche porque no plural já estava sendo usado. he. mas o nome original do blog era tanto clichê, então ok)

A ideia era colocar lá coisas que eu acho curtinhas demais pra colocar aqui. Tipo fotos de girafinhas bebês, essas coisas. E colocar lá links com as atualizações do blog.

Mas hoje vou fazer o contrário, quero trazer pra cá uma coisa que perguntei lá, sobre leitores de livros digitais.

Você já tem um leitor digital? Qual é, como escolheu? Acho que chegou minha hora de ser e-leitora. Me ajuda a escolher o meu?

=)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Conciliar carreira e filhos.
Fios brancos que aparecem antes dos trinta.
Ter que escolher entre ter um compromisso ou ficar livre.
Escolher entre comprar uma casa ou largar tudo e viajar ao redor do mundo.

Tsc.

O verdadeiro drama da mulher dos anos 2010 é se machucar com as tachinhas do sapato enquanto anda.



domingo, 9 de dezembro de 2012

Eu acho bonitinho ver um casal de velhinhos de mãos dadas. OK, até acho.


Mas tem uma coisa que eu acho mais bonitinha ainda: um grupinho de senhorinhas amigas.

Um amizade que durou tanto tempo porque nunca deixou de existir. Não tá ali só por costume, não tá ali por medo de não achar coisa melhor, não tá ali pra não ter que dividir o patrimônio, não tá ali enquanto os filhos não crescem, não tá ali porque é feio ficar sozinha.

Tá ali porque existe.

Elas chegam no restaurante, sentam e dão opinião uma no pedido da outra. Todas de cabelo curto e penteado, porque são daquele tempo em que ainda se penteava o cabelo pra sair de casa. Quando chegar a minha vez de ser parte de um grupo de senhorinhas amigas, vou estar de cabelo despenteado, como estive a vida toda, imagino. Casaquinho no ombro, relógio pequeno de pulseira fina. Anel em um dedo de cada mão e só. Umas de cabelo branco, outras quase loiras.

Tomam chopp, tomam vinho, uma delas não pode beber por causa do remédio de pressão. Mas só um copinho não faz mal.

Há quantas décadas elas são amigas? E ainda se arrumam pra ver uma a outra, fazer um programa só delas.

Porque quiseram, com uma escolha atrás da outra. Como eu acho que todo amor deve ser.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"Tu é apegado a essa distância. Tu tem toda uma coisa autossuficiente, superior. Um ar de leão sentado no trono. E ao mesmo tempo tu é tão doce. Tu não faz sentido."
(de Barba Ensopada de Sangue, do Daniel Galera. Livro bom demais)

Quando você fez o sinal de rock on com seus dedos tão perto da minha mão. Eu quis mais do que tudo fazer a mesma coisa e juntar a minha mão com a sua. Love on.

Mas eu sou tão boba.

Que não fiz nada além de dar um risinho.

Mas eu quis.