quinta-feira, 27 de junho de 2013

Uma coisa que me acontece muito, sempre que eu falo do livro que eu estou lendo, é alguém me dizer que quer ler, mas não sabe que livro escolher. E aí me pede uma dica de livro.

Eu entendo muito essa ansiedade pra escolher livros, porque, olha, se eu for contar o que eu faço pra escolher um livro novo tem gente que vai achar uma grande maluquice - e que eu tenho muito tempo livre. Basta dizer que envolve infinitas abas abertas no meu chrome e que eu (quase) não compro livros em livraria de tijolo (só online), porque não consigo ver todas as opções.

Uma coisa que eu faço e que me ajuda a domar a ansiedade é só comprar um livro por vez. Escolho o que quero ler, compro, escolho outro enquanto estou lendo um, compro. Quando acabar, o outro já está me esperando (eu fico nervosa se acabar um livro e não tiver outro pra ler. quando acho que vou terminar um no ônibus voltando pra casa, já levo outro na bolsa), mas só um. Ir escolhendo de um em um me deixa mais tranquila. Existem muitos livros no mundo, isso me deixa ansiosa. Que na minha casa existam poucos não lidos me acalma.

Eu mantenho uma lista de livros que me interessam. Encontro em posts de amigos no Facebook ou no Twitter e no Goodreads. Assim fica mais fácil, quando preciso escolher um livro, começo pela minha lista, não do zero. E, se não tenho livros não lidos em casa, posso comprar um que não estava na lista sem sentir que estou atrasada na leitura, deixando de ler o que eu já comprei.

Mesmo assim, estou num momento um pouco descontrolado. Porque ganhei de presente ou me empolguei e comprei, acabei com vários livros não lidos em casa.

Garota exemplar, Gillian Flynn (a Mari me deu)
What we talk about when we talk about love, Raymond Carver (o Bruno me emprestou)
Os amores difíceis, Ítalo Calvino
Lavoura arcaica, Radun Nassar (pra ler com amigos)
Ensaios de amor, Alain de Botton (a Nath me deu)
O amor acaba: crônicas líricas e existenciais, Paulo Mendes Campos
Ithaca Road, Paulo Scott
Livre, Cheryl Strayed (a Flávia me deu)
o remorso de baltazar serapião, valter hugo mãe (o Júnior me deu)
O filho da mãe, Bernardo Carvalho (o Guilherme me deu)

E aí fico ansiosa, não sei direito por onde começar. Ando dizendo pra mim mesma o que eu sempre digo pra quem me diz que não sabe que livro escolher pra ler: é só um livro.

Escolhe um, escolhe qualquer um. Escolher o livro errado é melhor do que não escolher livro nenhum.

É só um livro.

quero só dizer que gosto de ganhar livros e a confusão causada na minha fila pra ler nunca é mais importante do que ganhar livros dos meus amigos.

Mari me disse, quando eu contei pra ela, assim que descobri tudo, que queria que as amigas só se envolvessem com caras legais e emocionalmente maduros. Uma coisa fofa, a Mari, eu poderia dizer isso todos os dias.

Eu era um fiapinho quando começou. Entendo por que começou e entendo por que acabou.

Ruim é ter que entender também por que continuou.

O que eu desejo pra mim, pra Mari, pras minhas amigas, pra todo mundo, é que a gente seja sempre emocionalmente madura. E que a gente faça escolhas emocionalmente maduras, pra não esperar que elas venham do outro lado.
...
A minha antologia do Cacaso novinha, relançada ano passado, eu não conseguia achar de jeito nenhum. Esgotada há anos, eu não frequento sebo, não compro livro usado. Relançaram, eu comprei na mesma semana. Não sabia onde estava. Embaixo da cama, caída atrás da estante, atrás da escrivaninha, em lugar nenhum. Eu não achava.

Até que eu achei e não podia buscar.

Minha escolha emocionalmente madura do mês foi segurar o choro e comprar outra.

Sina

o amor que não dá certo sempre está por
perto

Cacaso

domingo, 16 de junho de 2013

Foi ele?


Fui eu?

Não importa.

Parece que é a primeira vez que isso acontece. Parece que já aconteceu um milhão de vezes antes.

Estou exausta.